O ex-presidente Jair Bolsonaro foi tornado réu pelo Supremo Tribunal Federal por sua suposta participação em uma trama golpista que visava tomar o poder de forma autoritária em 2022. A decisão, que conta com unanimidade na votação dos ministros, ganhou ampla repercussão internacional, sendo coberta por meios de comunicação respeitados como The New York Times e BBC. As reportagens ressaltam as declarações de Bolsonaro, o contexto político e as evidências reunidas durante as investigações, acentuando a gravidade do caso. Este processo é inédito no Brasil, marcando um ponto crítico na história política nacional.

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria ao rejeitar os pedidos da defesa de Jair Bolsonaro para afastar os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino do julgamento relacionado a uma denúncia de trama golpista. O relator, Luís Roberto Barroso, acompanhado por outros ministros, votou contra essas solicitações, argumentando que Zanin e Dino já haviam atuado no processamento do ex-presidente anteriormente. O julgamento acontece no plenário virtual do STF e está previsto para terminar nos próximos dias. A análise dos pedidos inclui solicitações semelhantes de outros envolvidos no caso, também negadas anteriormente.

A defesa do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, apresentou um pedido inusitado ao STF, solicitando que seu cliente seja julgado em primeira instância, como ocorreu com Lula, alegando semelhanças processuais. Heleno é acusado de envolvimento na tentativa de golpe de Estado liderada por Jair Bolsonaro entre 2022 e 2023. A defesa afirma que sua única participação foi estar presente em um pronunciamento online de Bolsonaro, mas ignora provas da Polícia Federal que o implicam mais profundamente. Heleno também pede que o ministro Alexandre de Moraes não faça parte do júri devido a supostas ameaças.

A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) solicitou ao presidente da Câmara, Hugo Motta, o arquivamento do projeto de lei que propõe anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Ela argumenta que a proposta, apoiada pela bancada bolsonarista, é inconstitucional e impede a responsabilização de quem atenta contra a democracia. Para Sâmia, a aprovação da lei não promoveria a pacificação, mas poderia intensificar a radicalização entre grupos antidemocráticos. A solicitação acontece em um momento em que Motta vem se aproximando de bolsonaristas, gerando descontentamento no campo progressista.

Em depoimento na delação premiada, Mauro Cid, ex-ajudante de Jair Bolsonaro, afirmou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro integravam a ala mais radical de um suposto plano golpista no Brasil, em 2022. Cid indicou a existência de três grupos em torno de Bolsonaro: um que apoiava a aceitação da derrota, outro que repeliria o golpe e um terceiro, radical, que defendia ação armada. Entre os mencionados pela Cid, estavam figuras do governo e do Congresso, destacando que apenas alguns membros dessa ala foram indiciados pela Polícia Federal até o momento.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, destacou o recente desafio do Brasil em regulamentar as big techs para coibir discursos de ódio, em um evento comemorativo dos atos de 8 de Janeiro. Ele argumentou que as empresas precisam seguir a legislação nacional, especialmente após o anúncio de Mark Zuckerberg sobre mudanças nas políticas do Facebook e Instagram. Moraes também reiterou que a luta contra o 'golpismo' persiste no Brasil, enfatizando que a situação é mais grave do que se pensava, e ressaltou os riscos do extremismo digital que ainda permanece na sociedade.

Hamilton Mourão, ex-vice-presidente do Brasil, reconheceu a existência de planos golpistas entre militares após a vitória de Lula em 2022, mas minimizou suas intenções chamando-os de 'conspiração tabajara'. Em entrevista ao jornal O Globo, Mourão elogiou o general Freire Gomes por não se unir ao complô e afirmou que houve apenas conversas sem ações concretas. Ele ressaltou que o contexto de um golpe vai além de simples conversas de WhatsApp e não tinha conhecimento de planos que envolviam assassinatos, afirmando que a investigação da PF é superficial e não implica diretamente sua participação.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, opinou pela condenação do ex-deputado Roberto Jefferson a nove anos de prisão em julgamento por sua incitação aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Moraes argumentou que as palavras de Jefferson, divulgadas em um ambiente amplamente acessível, tinham um potencial altamente danoso, o que contribuiu para os atos antidemocráticos. A votação ocorre no plenário virtual do Supremo, enquanto a defesa do ex-deputado tenta reverter a situação. Jefferson, que está preso desde outubro de 2022, já fez declarações agressivas à população em entrevistas anteriores.

O Intercept Brasil enfrenta uma crise em seu financiamento, com a perda de centenas de apoiadores este ano. A publicação depende do apoio mensal de leitores para manter a sua independência e continuar a sua missão de jornalismo destemido. Para garantir a continuidade de suas operações, a redação precisa de mil novos doadores mensais até este mês. Apesar dos desafios, o Intercept continua comprometido em revelar os segredos dos poderosos, buscando leitores dispostos a contribuir com doações que possibilitem a realização de investigações jornalísticas cruciais para a sociedade durante e após as eleições.

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou a prisão preventiva de Roque Saldanha, um bolsonarista que participou dos atos golpistas de 8 de Janeiro. A decisão ocorreu após Saldanha postar um vídeo quebrando sua tornozeleira eletrônica e insultando o ministro. Desde janeiro de 2023, ele estava sob medidas cautelares, mas ignorou as regras ao abandonar sua cidade e permitir que a bateria do dispositivo descarregasse. O vídeo, onde ele faz ameaças e ofensas, motivou a nova ordem de prisão. A Polícia Federal foi acionada para localizar o golpista, que agora é considerado foragido.

Um relatório da Polícia Federal revelou detalhes de um plano golpista liderado por Jair Bolsonaro, descrito como delirante. O plano tinha três linhas de operação: 'eleições limpas', 'legalidade' e 'informacional'. Os envolvidos pretendiam forjar provas de fraudes eleitorais e persuadir o mundo a reconhecer o novo regime, acreditando que teriam apoio da Procuradoria-Geral da República e do Congresso. Os golpistas, que incluíam 36 indiciados, esperavam construir um discurso de legitimidade e segurança, conforme exposto em um organograma de ações que mostrava a articulação para a ruptura democrática que ameaçou a democracia brasileira.

Materiais encontrados na residência do general da reserva Mário Fernandes revelaram um plano para prejudicar as investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O objetivo era responsabilizar o governo Lula e desgastar o STF, especialmente o ministro Alexandre de Moraes. Um documento da Polícia Federal detalhou estratégias para desviar a responsabilidade dos golpistas e propor o impeachment do presidente. Além de criar uma narrativa de abuso de poder, os planos incluíam intimidar a Polícia Federal e responsabilizar o ex-ministro da Justiça, Flávio Dino, por omissão durante os eventos de janeiro.

As forças armadas brasileiras estão sob investigação rigorosa por envolvimento em um plano de golpe violento, que pretendia assassinar autoridades, incluindo o novo presidente e o ministro da Justiça. A Polícia Federal indiciou 37 pessoas, incluindo ex-ministros e 25 militares de alta patente, por suas ações. Provas como áudios e fotos sustentam que o ex-presidente Bolsonaro e seu grupo militar fomentaram esse plano criminoso, conhecido como Punhal Verde e Amarelo. As prisões já começaram, mas a necessidade urgente de uma limpeza radical nas forças armadas é um debate que continua, dada a natureza institucionalizada do golpismo.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara adiou a votação de um projeto de lei que propõe anistia a bolsonaristas envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A sessão foi tumultuada e o relator, Rodrigo Valadares, apresentou um parecer favorável, mas não leu o documento. O projeto não foi incluído na pauta do novo encontro agendado para a quarta-feira, mesmo com a expectativa de ser discutido. Além de anistia, a proposta altera regras para julgamento de pessoas e prevê a impunidade em ações multidimensionais, levantando controvérsias sobre direitos e liberdade de expressão.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (8) condenar Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, conhecida como 'Fátima de Tubarão', pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Durante esses episódios, a idosa foi filmada incitando violência, especialmente contra o Ministro Alexandre de Moraes. Os ministros votaram majoritariamente pela condenação, com penas variando entre 11 anos e 17 anos de prisão, além de indenizações. O relator do caso propôs 17 anos e R$ 30 milhões, enquanto outros ministros sugeriram penas menores. O caso segue em análise no plenário virtual do STF.