Um documento da Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que nove cidades do Piauí lideram a lista nacional em fraudes associativas que resultaram em descontos na aposentadoria de beneficiários do INSS. Investigação aponta que Ribeirão Gonçalves, por exemplo, possui até 65% dos aposentados enfrentando descontos não autorizados. Esses encargos, que podem chegar a R$ 6,3 bilhões em todo o país entre 2019 e 2024, foram igualmente destacados pela Polícia Federal, que lançou a Operação Sem Desconto. As fraudes estão ligadas a entidades associativas que realizam deduções nas folhas de pagamento desses aposentados e pensionistas.

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU) investigam um esquema de fraudes no INSS, envolvendo o desconto indevido de mensalidades associativas de aposentados, que pode chegar a R$ 6,3 bilhões. Onze entidades foram identificadas, com 98% dos descontos considerados irregulares. A pesquisa revelou que a maioria dos beneficiários não autorizou os débitos, e algumas entidades têm sido acusadas de oferecer serviços sem infraestrutura. A PF cumpriu 211 mandados de busca e apreensão, resultando na prisão de cinco indivíduos e no afastamento de seis servidores do INSS, incluindo seu presidente.

Vinícius Carvalho, ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), criticou severamente o Índice de Percepção de Corrupção da Transparência Internacional, chamando-o de 'conversa de boteco'. Em entrevista, ele questionou a metodologia do relatório que posicionou o Brasil em 107º lugar, sua pior classificação. O índice, segundo Carvalho, mede a percepção e não a realidade, refletindo opiniões de especialistas e empresários. Ele argumentou que a disparidade de critérios nos rankings internacionais torna as comparações complexas e afirmou que a análise negativa da Transparência poderia gerar interpretações errôneas sobre a eficácia no combate à corrupção no país.

Jair Bolsonaro prestará depoimento à Controladoria-Geral da União (CGU) em uma investigação sobre Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF. Vasques é acusado de abuso de poder ao apoiar publicamente a campanha de Bolsonaro nas eleições de 2022. O depoimento ocorrerá por videoconferência, solicitado pela defesa de Vasques, que também chamou o ex-ministro Anderson Torres para testemunhar, embora por escrito. Vasques enfrenta suspeitas de improbidade administrativa e uso político de sua função. As consequências podem incluir a cassação de sua aposentadoria, com Bolsonaro sendo uma figura central nesse processo de investigação.