O senador Rogério Marinho, líder da Oposição no Senado, expressou indignação após o STF rejeitar pedidos de afastamento de ministros envolvidos na análise da denúncia da PGR sobre tentativa de golpe de Estado. Marinho afirmou que o plenário não aproveitou uma oportunidade de reafirmar os princípios da imparcialidade. Os pedidos de suspeição foram feitos pelas defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro e do general Braga Netto, solicitando a saída de ministros como Flávio Dino, Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes do caso. O julgamento da denúncia está agendado para os dias 25 e 26 de março.

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, solicitou informações a Cristiano Zanin e Flávio Dino antes de decidir sobre o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os advogados alegaram que os dois ministros deveriam ser impedidos de julgar a denúncia da Procuradoria-Geral da República, que envolve uma tentativa de golpe de Estado, pois já haviam movido ações contra Bolsonaro anteriormente. Essa solicitação é uma etapa padrão no processo de análise. Barroso é o responsável pela decisão sobre o pedido, que surge em um contexto político tenso e litigioso no país.

O advogado de Jair Bolsonaro, Celso Villardi, planeja solicitar o impedimento dos ministros do STF, Flávio Dino e Cristiano Zanin, durante o julgamento do ex-presidente, alegando que os magistrados não seriam imparciais. Dino e Zanin apresentaram ações legais contra Bolsonaro, originando a defesa a argumentar que, por conta disso, eles não deveriam participar do processo. O julgamento é considerado crítico, pois envolve acusações de tentativa de golpe e outras infrações. Espera-se que a defesa formalize o pedido ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, ainda nesta tarde, aumentando a tensão no caso.