O Censo 2022 revelou que quase 12 milhões de brasileiros vivem em unidades de conservação, representando 6% da população nacional. Destas, 99% residem em áreas de uso sustentável, como reservas extrativistas e florestas nacionais, com menos restrições à presença humana. Brasília é um exemplo de cidade situada em uma dessas regiões. A população dessas áreas destaca-se por ser mais negra e indígena do que a média do país, incluindo uma porcentagem considerável de quilombolas, com um em cinco vivendo em unidades de conservação. No total, existem 2.365 dessas unidades no Brasil, mas mais da metade permanece inabitada.

O Censo 2022 revelou que o Distrito Federal tem a idade média de fecundidade mais alta do Brasil, com 29,3 anos, superando a média nacional de 28,1 anos. Esse dado, divulgado pelo IBGE, reflete uma tendência do atraso na maternidade entre as mulheres da região. A análise mostra que, entre 2010 e 2022, houve um deslocamento significativo dos nascimentos de mães mais jovens para aquelas em faixas etárias mais avançadas. Essa mudança é influenciada por fatores como aumento da escolaridade, maior participação no mercado de trabalho e acesso a métodos contraceptivos, evidenciando um contexto de transformação social.

O Censo de 2022 revelou que aproximadamente 2,4 milhões de brasileiros foram diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), representando 1,2% da população. Entre os diagnosticados, a maioria é composta por homens, com 1,4 milhão, enquanto 1 milhão são mulheres. O Censo inclui dados sobre a faixa etária, com maior incidência na faixa de 5 a 9 anos. Além disso, a pesquisa identificou características raciais entre os diagnosticados, sendo a maioria branca. Importante notar que a taxa de escolarização de pessoas com autismo (36,9%) supera a da população geral (24,3%).

O Censo de 2022, divulgado pelo IBGE, revela que 21% dos brasileiros moram em imóveis alugados. Apesar do aumento na proporção de alugueis ao longo das décadas, a maioria da população reside em propriedades próprias, totalizando 63% de domicílios quitados e 9% financiados. A faixa etária de 25 a 29 anos representa a maior parte dos inquilinos, enquanto a maioria dos financiadores tem entre 35 e 39 anos. São Paulo lidera com 11 milhões de moradores em aluguel, seguido por Minas Gerais e Rio de Janeiro. A pesquisa traz dados significativos sobre a habitação no Brasil.

A taxa de analfabetismo no Nordeste é o dobro da média do Brasil, com 14% da população nessa faixa etária não sabendo ler e escrever uma carta simples, de acordo com dados do Censo. Embora os índices de alfabetização tenham melhorado no país, disparidades regionais persistem, com o Sul atingindo 96,6% de alfabetizados e o Nordeste com 85,79%. Além disso, diferenças raciais e etárias também são evidentes, com a taxa de analfabetismo entre indígenas sendo quatro vezes maior que entre brancos. O problema é mais acentuado em municípios do Nordeste, com 48 cidades superando 30% de analfabetismo.