A Receita Federal abriu hoje, 24 de julho, a consulta ao terceiro lote de restituição do IRPF 2024, abrangendo 6.091.572 restituições, totalizando R$ 8,5 bilhões. Isso inclui restituições residuais de anos anteriores. O pagamento será efetuado até 31 de julho e prioriza contribuintes com condições específicas, como idosos e docentes. Para verificar a disponibilidade, os cidadãos devem acessar o site da Receita, onde orientações são disponibilizadas. Se houver pendências, é possível retificar a declaração. Restituições não resgatadas em um ano poderão ser solicitadas via e-CAC, conforme criteriosamente definido pela Receita Federal.

Em evento no Rio Grande do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou medidas provisórias para auxiliar os municípios afetados pelas cheias. Uma das medidas prevê o pagamento de duas parcelas de um salário mínimo aos trabalhadores para evitar demissões. Outra medida destina apoio financeiro aos municípios não atendidos anteriormente. O objetivo é beneficiar 430 mil profissionais e garantir a manutenção dos empregos. Durante a cerimônia, Lula destacou a importância de diminuir o sofrimento das pessoas afetadas e ressaltou sua vasta experiência em lidar com situações de calamidade.

Após duas semanas de calamidade no Rio Grande do Sul, apenas 15% das prefeituras afetadas solicitaram recursos federais para ajudar as vítimas das enchentes. O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, expressou surpresa com o baixo número de solicitações e destacou que bastaria um simples ofício para obter ajuda. No entanto, a destinação de verbas públicas federais gerou polêmica entre o ministro e um prefeito bolsonarista. Enquanto isso, um novo alerta de inundação foi emitido no estado, com milhares de pessoas afetadas e um elevado índice de desalojados e vítimas.

A Prefeitura de Porto Alegre não investiu um centavo de real em prevenção contra enchentes em 2023, apesar do departamento responsável ter um lucro de R$ 428,9 milhões em caixa. A falta de investimentos ocorreu pelo segundo ano consecutivo, com o orçamento para a melhoria no sistema contra cheias recebendo zero recursos. O quadro de servidores do departamento foi reduzido quase pela metade desde 2013. Apesar do dinheiro disponível, a prefeitura recusou a contratação de novos funcionários, levando à falência no sistema de prevenção e ao estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul.

Após fortes temporais atingirem o Rio Grande do Sul, o número de mortos chegou a 57, com 67 desaparecidos e 74 feridos. Mais de 42 mil pessoas estão fora de casa e 300 municípios do estado foram afetados. Trechos de rodovias estão bloqueados, a rodoviária e o aeroporto de Porto Alegre estão fechados. Mais de 373 mil estão sem luz. O governo decretou estado de calamidade. Defesa Civil alerta para elevação das águas acima da cota de inundação. Fenômenos climáticos e mudanças climáticas são apontados como causas, com previsão de mais chuva nas próximas 24 horas.

Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul desde a segunda-feira já deixaram 24 mortos e 21 desaparecidos no estado. Inundações, quedas de barreiras e deslizamentos de terra afetaram 147 cidades, com 67,8 mil pessoas impactadas. Mais de 14 mil moradores estão fora de casa, sendo 4.599 em abrigos e 9.993 desalojados. O presidente Lula visitou o estado, que decretou estado de calamidade pública. O governador Eduardo Leite afirmou que o evento climático será o maior desastre do estado, com dificuldades para realizar resgates devido às chuvas incessantes e difícil acesso às localidades.