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O presidente da Câmara, Hugo Motta, confirmou a escolha de Arthur Lira para relatar a proposta que aumenta a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Em um movimento inesperado, o Partido Progressista (PP), que Lira representa, lançou uma alternativa à proposta do governo, buscando compensar a perda de arrecadação. Esta nova sugestão inclui a ampliação da faixa de renda sujeita à tributação adicional e a elevação da alíquota do CSLL para grandes bancos, além de um corte de 2,5% nas isenções tributárias em vigor, criando um cenário de debate acalorado.

Em pesquisa da Quaest, divulgada nesta quinta-feira, Lula se destaca em disputas eleitorais para 2026, mesmo em meio a uma crise de popularidade. O ex-presidente petista apresenta vantagem sobre todos os adversários da direita, superando até mesmo Jair Bolsonaro, que está inelegível. Apesar do cenário desfavorável, Lula mantém números competitivos, vencendo candidatos como Tarcísio de Freitas e Eduardo Bolsonaro em diversas simulações de segundo turno. No entanto, cresce o número de eleitores que acreditam que Lula não deveria se candidatar novamente, aumentando de 52% para 62% segundo o último levantamento.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que elimina isenções de impostos sobre pacotes pequenos da China, iniciando preocupações com o comércio. Essa norma, aplicada a importações até US$ 800, foi justificada pelo aumento de remessas de sites como Shein e Temu. A cobrança da nova tarifa de 30% será aplicada, fazendo com que pacotes isentos agora paguem cerca de US$ 25 por item, podendo subir para US$ 50 no futuro. Este movimento também indica um aumento na fiscalização sobre comércio eletrônico e pode afetar vários varejistas, incluindo a Amazon.

A Câmara dos Deputados aprovou a Lei da Reciprocidade, que autoriza o governo brasileiro a retaliar na esfera comercial países que impuserem barreiras aos produtos do Brasil. O Senado já tinha aprovado o projeto em caráter de urgência, e agora a proposta segue para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A lei estabelece contramedidas como a imposição de direitos sobre importações e suspensão de obrigações relacionadas a propriedade intelectual. O presidente da Câmara fez um apelo à unidade entre governo e oposição, destacando a necessidade de defender o povo brasileiro.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a prisão preventiva de Léo Índio, aliado da família Bolsonaro, acusado de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro. Após receber a denúncia da PGR, o réu fugiu para a Argentina, onde se encontra há 22 dias. Moraes afirmou que Léo Índio demonstrou intenção de se evadir e tinha pleno conhecimento do cancelamento do seu passaporte, que foi apreendido pela PF. Ele é acusado de cinco crimes, incluindo golpe de estado e associação criminosa, por sua participação nas invasões ao Congresso Nacional e manifestações antidemocráticas.

Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso, destacou uma 'tempestade perfeita' que explica a queda de popularidade do presidente Lula, afetada pelo acidente no banheiro, crise do Pix e alta nos preços dos alimentos. Recentemente, a desaprovação do presidente atingiu 56%, o pior índice desde o início de seu mandato. Embora a inflação esteja abaixo da registrada em governos anteriores, impactos negativos foram percebidos. Randolfe mencionou que encontros com congressistas visam fortalecer apoio a propostas do governo, não apenas para melhorar a imagem nas pesquisas, mas para dialogar sobre ações necessárias.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou contra um pedido de prisão preventiva de Jair Bolsonaro, que havia sido apresentado em uma notícia-crime. Gonet solicitou o arquivamento do caso, afirmando que os relatos não contêm elementos mínimos que justifiquem a investigação. O pedido de prisão, feito pela vereadora do PT de Recife, visava manter a ordem pública e mencionava atos a favor da anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Gonet ressaltou que não havia legitimidade para apresentar tais pedidos diretamente ao STF, que deve receber representações via polícia ou Ministério Público.