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Gleisi Hoffmann, nova ministra das Relações Institucionais, recebeu elogios de líderes do Centrão após apoiar Hugo Motta para a presidência da Câmara, enquanto Lula hesitava. Sua posse no Planalto teve 1.300 convidados, mas alguns líderes do Centrão faltaram. Gleisi busca construir uma relação próxima com os líderes, em contraste com seu antecessor, Alexandre Padilha. Em três dias de trabalho, ela já se reuniu com representantes dos principais partidos que compõem a base do governo. Hugo Motta considera o início da relação promissor, destacando o empenho da ministra em fortalecer a articulação com o Legislativo.

O ex-ministro do Superior Tribunal Militar, Flavio Bierrenbach, apresentou uma representação à Procuradoria Geral da República pedindo que a denúncia contra Jair Bolsonaro inclua um crime militar. O ex-presidente e mais 33 pessoas foram denunciados por suposta tentativa de golpe de Estado numa investigação ligada às eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva. Bierrenbach alegou que Bolsonaro violou o Código Penal Militar, especificamente o artigo 155, ao incitar a indisciplina entre os militares. A decisão sobre o julgamento militar fica a cargo do STF e implicações podem ser sérias.

Frei Gilson, sacerdote católico influente com milhões de seguidores, se tornou uma figura polarizadora após defesas controversas sobre o papel das mulheres e críticas ao comunismo. Durante uma oração em Brasília, Gilson afirmou que as mulheres devem ser ‘auxiliares’ dos homens, gerando reações intensas nas redes sociais, com apoios da direita e críticas da esquerda. Apesar das alegações sobre seu alinhamento com o bolsonarismo, análises indicam que suas pregações refletem o conservadorismo da Igreja Católica. Especialistas advogam que a polarização político-religiosa não deve reduzir a complexidade de sua posição e influências.

A fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou ter nomeado Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais por ela ser uma 'mulher bonita', gerou forte repúdio por parte de deputadas e senadoras. As parlamentares classificaram o comentário como discriminatório, constrangedor e desrespeitoso, ressaltando que a escolha de uma mulher para um cargo de importância não deve ser baseada em atributos físicos. Elas exigem uma retratação e afirmam que possuem competência, dignidade e capacidade para ocupar posições de liderança, lamentando o machismo presente no comentário do presidente.

João Santana, ex-marqueteiro do presidente Lula, avalia que a atual crise de popularidade enfrentada por Lula é mais desafiadora do que a de 2005, que surgiu após o escândalo do Mensalão. Santana aponta que a combinação da politização nas redes sociais, o crescimento dos evangélicos, a judicialização da política e a influência do Centrão tornam a situação atual ainda mais complexa. Ele aconselha que Lula não deve buscar apoio do Centrão para se reeleger em 2026, mas sim se voltar à esquerda e adotar uma postura de enfrentamento em possíveis reformas.

A presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro poderá perder sua patente de capitão se for condenado por crimes militares. Durante uma coletiva de imprensa, ela mencionou que a decisão dependerá da manifestação do Ministério Público Militar sobre possíveis crimes, relacionadas à denúncia da PGR no caso de tentativa de golpe. Se for o caso, Bolsonaro poderá ser julgado por crimes como a dissitação. A ministra destacou a importância do correto trâmite penal e da jurisdição, evitando pré-julgamentos da sua parte.

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) pediu ao Ministério Público que investigue as declarações feitas pela cantora e pastora Baby do Brasil durante um culto na boate D-Edge em São Paulo. Durante sua pregação, Baby orientou mulheres vítimas de violência sexual a perdoarem seus agressores, incluindo familiares. Sâmia considerou as afirmações inaceitáveis e constitutivas de incitação ao crime, fundamentando seu pedido com o objetivo de responsabilizar a cantora. Além disso, solicitou que a D-Edge também fosse investigada por sua omissão diante do ocorrido, que, segundo ela, perpetua a cultura da impunidade.