O PSDB, que desempenhou um papel central no golpe de 2016 contra Dilma Rousseff, enfrenta um destino melancólico com sua fusão iminente com o Podemos, após uma trajetória de decadência política. Antigamente influente, o partido viu sua representatividade despencar nas últimas eleições, elegendo apenas 13 deputados e nenhum senador. Como parte de sua tentativa de renovação, a cúpula tucana planeja criar uma nova legenda, provisoriamente chamada de #PSDB+Podemos, presidida por Renata Abreu. A aproximação é uma estratégia pragmática, mas não reverte a perda de relevância histórica do PSDB na política brasileira.

Caciques do Podemos expressaram descontentamento com a postura dos senadores Marcos do Val e Soraya Thronicke, que insistiram em candidaturas à presidência do Senado. A situação se agravou quando ambos desistiram apenas no dia da eleição, resultando na perda de um acordo crucial com Davi Alcolumbre para assegurar um assento na mesa diretora. Os líderes da sigla alegaram que os senadores priorizaram suas ambições políticas em detrimento do partido, que já enfrenta desafios em sua bancada no Senado. Além disso, outros senadores do Podemos anunciaram mudanças partidárias, deixando a sigla fragilizada.