Na primeira reunião com movimentos sociais desde sua eleição, o presidente Lula enfrentou cobranças por mais diálogo com a sociedade civil em evento realizado em São Paulo. João Paulo Teixeira, do MST, ressaltou a demora do encontro e propôs agendas temáticas frequentes com ministros. O presidente, acompanhado por ministros e lideranças do PT, destacou seu otimismo e discutiu dificuldades de entrega do governo, mencionando a herança de Bolsonaro. Além disso, a reunião reforçou a necessidade de controle de gastos no governo, mesmo após o anúncio de um corte significativo no Orçamento federal.

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi impedido de seguir viagem na rodovia PA-275, próximo a Parauapebas (PA), devido a um bloqueio realizado pelo MST. Apoiadores divulgaram imagens de carros parados e pneus incendiados na rodovia. As autoridades policiais dispersaram o bloqueio e a comitiva de Bolsonaro conseguiu prosseguir. O ex-presidente estava em viagem pelo Pará para o lançamento de pré-candidatos do PL a prefeituras no Estado. O incidente gerou repercussão e foi registrado nas redes sociais, demonstrando a tensão no cenário político atual.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) informou que as suas áreas invadidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Petrolina (PE) são destinadas a pesquisa e à preservação do bioma caatinga. Em nota, a Embrapa reafirmou seu compromisso com a agricultura familiar e produção sustentável de alimentos, adotando medidas para solucionar a situação. As invasões ocorreram como parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, conhecida como 'Abril Vermelho'. A Embrapa detalhou que as áreas invadidas são utilizadas para conservação, multiplicação de sementes, produção de plantas forrageiras e estudos da diversidade da Caatinga, essenciais para a geração de tecnologias agrícolas.

Na manhã desta segunda-feira (15), cerca de 200 famílias do MST ocuparam uma fazenda improdutiva na cidade de Campinas (SP), em denúncia ao capital imobiliário e por reforma agrária. A área de 200 hectares, tomada por pastagem degradada, é propriedade de uma empresa do setor imobiliário. A ocupação faz parte do Abril Vermelho e busca destinar a terra para a produção de alimentos saudáveis e reflorestação, além de denunciar a especulação imobiliária na região. A ação aconteceu em meio a pressões no governo para melhorias nas políticas de reforma agrária e acesso a crédito para agricultores.