O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que as divergências ideológicas entre os governos do Brasil e Argentina não afetam as relações comerciais entre os países. Alckmin destacou que as relações são de Estado e que as questões políticas internas do presidente argentino Javier Milei não interferem nos acordos comerciais. Em evento do Sebrae, Alckmin também falou sobre a queda da taxa Selic e a cotação do dólar, reafirmando o compromisso do governo com o equilíbrio fiscal e prevendo a redução dos juros. Ele ainda criticou o nacionalismo arcaico e isolacionista na região.

Durante um evento conservador em Santa Catarina, o ex-presidente Jair Bolsonaro entregou uma medalha ao presidente da Argentina, Javier Milei. A medalha faz referência à fala em que Bolsonaro se autodenomina 'imorrível, imbrochável e incomível'. O momento foi registrado em um vídeo divulgado nas redes sociais do ex-presidente. Nomes da cúpula bolsonarista ignoraram o indiciamento de Bolsonaro pela PF no caso das joias e aclamaram o ex-presidente. O evento, chamado Cpac, reúne instituições e políticos conservadores e de extrema direita. A capacidade do auditório foi esgotada e a transmissão do painel de Bolsonaro teve menos de 500 visualizações online.

Mais de cem pessoas devem participar de um jantar com o ex-presidente Jair Bolsonaro após o CPAC Brasil, congresso conservador em Balneário Camboriú, com a presença esperada do presidente da Argentina, Javier Milei. Os ingressos custaram R$ 5 mil cada, mesas de seis lugares, cardápio não divulgado. O jantar será preparado por uma empresa especializada, com poucos detalhes divulgados. Além disso, o auditório reservado tem capacidade para 3.000 pessoas e os ingressos presenciais estão esgotados, restando apenas a opção virtual. Bolsonaro e Milei devem palestrar nos dias do evento, com participação de conservadores de outros países da América Latina.

O Itamaraty considera 'lamentável' a ausência do presidente argentino Milei na Cúpula do Mercosul, marcada para a próxima segunda-feira. Ele optou por participar de um fórum conservador no Brasil, onde encontrará adversários como Bolsonaro. Esta será a primeira vez que um presidente de um país-membro não estará presente em uma reunião de cúpula do bloco. A secretária de América Latina e Caribe lamenta a decisão de Milei e reforça a importância do Mercosul, que está consolidado há 33 anos. A ida de Milei ao fórum no Brasil ocorre após postagens nas redes sociais criticando Lula e gerando polêmica entre os chefes de Estado.

Presidente argentino, Javier Milei, e ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, estão buscando holofotes e devem ser ignorados pelo governo de Lula. Milei confirmou participação em evento ao lado de Bolsonaro em Santa Catarina, causando desistência de Lula de ir à região. Tales Faria, colunista do UOL, alerta para a estratégia de chamar atenção e criar inimigos externos adotada pelos dois políticos. Ignorar a presença deles é o mais indicado, evitando dar mais visibilidade para suas ações controversas e descorteses.

O Planalto reagiu com incômodo à postagem ofensiva do presidente argentino Javier Millei, atacando Luiz Inácio Lula da Silva. Milei acusou Lula de corrupção e comunismo, além de questionar a postura do Brasil na Bolívia. Assessores de Lula decidiram não responder de forma provocativa, evitando rebaixar o debate. O Itamaraty vai observar a postura de Milei em Santa Catarina, onde participará de um fórum conservador. Lula pediu desculpas por parte de Milei ao Brasil e criticou os comentários do presidente argentino. Milei não irá à Cúpula do Mercosul, onde estará Lula.

Após o presidente da Argentina, Javier Milei, chamar Luiz Inácio Lula da Silva de 'corrupto', ele cancelou sua ida à reunião do Mercosul, alegando uma agenda cheia. O líder direitista será substituído por Diana Mondino. Apesar das polêmicas, Milei virá ao Brasil para participar da CPAC, onde também estará presente Jair Bolsonaro. A Casa Rosada confirmou a vinda do argentino, mas não garantiu um encontro com Lula. A troca de ofensas entre os líderes marcou a campanha eleitoral argentina e os primeiros dias após o resultado das eleições.

Após cinco meses de debates, o Congresso da Argentina ratificou a primeira vitória legislativa do presidente Javier Milei ao aprovar a Lei de Bases, seu pacote de reformas econômicas. Apesar de ter sido desidratado em relação à versão original, o governo comemorou a aprovação como o fim de uma primeira etapa e início da segunda. A lei permite diversas mudanças, como privatizações, reforma no sistema previdenciário e mais facilidades para grandes investimentos, mas gera polêmica e desafios políticos e econômicos para o país.

Em meio a protestos, o Senado argentino aprovou a Lei de Bases, conhecida como “Lei Ônibus”, delegando poderes legislativos à Presidência da República, privatizações, incentivos a investimentos e uma minirreforma trabalhista. Após mais de 11 horas de debate, a legislação foi aprovada com 37 votos a favor e 35 contra, e depois de um empate na segunda votação, foi desempatada pela vice-presidente. O texto agora volta à Casa Baixa para possíveis alterações antes da sanção presidencial, marcando a primeira vitória legislativa de Milei em seis meses de governo.