Um estudo revela que a passagem da sonda Voyager 2 por Urano em 1986 pode ter ocorrido em condições excepcionais, quando a magnetosfera do planeta estava comprimida pelo vento solar. Essa situação atípica pode ter limitado nossa compreensão sobre Urano, já que a sonda não conseguiu detectar sinais de água nas luas, o que poderia indicar a presença de oceanos subterrâneos. Os cientistas, ao reanalisarem os dados da sonda, descobriram que se o sobrevoo tivesse ocorrido uma semana antes, a Voyager 2 talvez tivesse encontrado vestígios de atividade hidrotermal nas luas do gigante gasoso.

Em abril de 2023, uma erupção solar particularmente intensa levou a uma interrupção temporária da 'cauda' da magnetosfera da Terra, um fenômeno raro estudado pela NASA. Durante este evento, as interações entre a magnetosfera e o vento solar resultaram na formação de estruturas chamadas 'asas de Alfvén', substituindo a tradicional cauda e criando um canal para o transporte de plasma. Esse fenômeno, embora breve, oferece novas perspectivas sobre como esses eventos ocorrem em outros corpos celestes, além de possivelmente estarem ligados à formação de auroras em Júpiter, especialmente na lua Ganimedes.