Um empreendimento no litoral nordestino, liderado pela incorporadora Due e com o jogador Neymar Jr. como sócio, pode ser afetado pela possível privatização de praias no Brasil. A PEC nº 3/2022, que permite a privatização de áreas litorâneas, levantou polêmica e preocupação entre ambientalistas devido aos riscos ambientais e sociais envolvidos. Apesar do entusiasmo de Neymar Jr. pelo projeto, especialistas temem a criação de praias privadas e a alteração da dinâmica das propriedades costeiras no país. A due emitiu nota reafirmando seu compromisso com a responsabilidade ambiental e social. O relator da PEC, senador Flávio Bolsonaro, busca aprovar a proposta, mesmo diante das críticas e riscos identificados.

O litoral brasileiro passa por uma onda de obras de aterramento de praias, com pelo menos 38 km de praias ampliadas artificialmente desde 1998. Cidades litorâneas têm recorrido a engordas para enfrentar a erosão costeira e o avanço do mar, com especialistas destacando vantagens e a necessidade de estudos rigorosos para evitar danos ambientais. A engorda consiste na retirada de areia do fundo do mar e sua colocação na costa, ampliando a faixa de areia e criando espaço para o turismo. A tendência para engordar praias tem se intensificado nos últimos anos, com diversos municípios investindo nessa técnica para proteger suas áreas costeiras.