A geleira Thwaites, conhecida como a 'Geleira do Juízo Final', localizada na Antártica, é uma inquietante preocupação para cientistas e ambientalistas. Com aproximadamente 120 km de extensão e mais de 2.000 metros de espessura, seu derretimento acelerado, impulsionado pelo aumento das temperaturas globais, pode elevar o nível do mar em mais de 60 centímetros. As implicações são devastadoras para áreas costeiras e milhões de pessoas. Pesquisadores aprendem sobre a geleira utilizando robôs subaquáticos, que revelam que a velocidade do degelo tem dobrado nas últimas décadas, levando a temores sobre o colapso iminente dessa região crítica.

A sonda Trace Gas Orbiter da Agência Espacial Europeia descobriu que os gigantescos vulcões de Marte possuem camadas de gelo em seus cumes, uma revelação surpreendente que ajudará a compreender o ciclo da água no planeta vermelho. Essa descoberta inesperada ocorreu na região de Tharsis, perto do equador marciano, e foi detalhada em um estudo publicado na Nature Geosciences. A presença de geada nos cumes dos vulcões de Marte sugere a existência de um microclima que facilita a condensação da água. Essa descoberta é essencial para futuras explorações humanas e robóticas do planeta, possibilitando até mesmo o uso da geada como fonte de água para consumo humano e combustível para foguetes.

Em 2018, a comunidade científica ficou em êxtase com reflexos de radar sob a calota polar sul de Marte, indicando um grande lago subterrâneo. No entanto, um novo estudo publicado na revista Science Advances sugere que esses reflexos podem ser explicados por camadas de gelo e poeira, levantando dúvidas sobre a presença de água líquida no planeta vermelho. Embora a ideia de água em Marte seja fascinante, a explicação mais simples parece mais plausível, indicando que os reflexos observados podem ser resultado de fenômenos menos complexos.