Ao menos dez militantes bolsonaristas condenados ou investigados por participarem dos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro do ano passado, quebraram suas tornozeleiras eletrônicas e fugiram do Brasil. Mais de 51 pessoas suspeitas de participar de atos golpistas têm mandados de prisão em aberto ou fugiram após quebrar as tornozeleiras eletrônicas. Entre eles, dez fugiram para Argentina e Uruguai. As polícias civis de SC e RS não foram solicitadas a fazer buscas. Os advogados negam as acusações. Alguns afirmaram estar nos prédios dos Três Poderes apenas para se protegerem. A falta de alertas públicos da Interpol pelos fugitivos preocupa.

Após 50 dias de fuga, os fugitivos de Mossoró, únicos na história dos presídios federais de segurança máxima do Brasil, foram recapturados. Agentes da Polícia Rodoviária Federal efetuaram a prisão dos criminosos Deibson Cabral Nascimento, conhecido como Tatu, e Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Martelo, junto com mais quatro comparsas. Os fugitivos eram monitorados pela Polícia Federal, que teve acesso a áudios onde os criminosos contavam detalhes sobre os dias de fuga e planejavam escapar para a Bolívia. Os seis presos foram levados para a delegacia da Polícia Federal, onde permaneceram em silêncio durante os depoimentos.