As diferenças entre os presidentes Lula e Boric refletem não apenas suas idades, mas também suas trajetórias políticas e visões sobre a crise na Venezuela. Boric, com 38 anos, teve uma postura crítica e incisiva, contestando a reeleição de Maduro, enquanto Lula, com 78 anos, optou por minimizar a situação, considerando-a um 'processo normal'. A experiência política de Lula influencia sua necessidade de diálogo, enquanto Boric, oriundo da elite média, tende a uma abordagem mais confrontativa. A discussão entre eles em Santiago pode repercutir na política internacional e nas economias de Brasil e Chile, que são distintas.

Após a esquerda vencer as eleições legislativas na França, o presidente Macron decidiu manter o atual primeiro-ministro no cargo. Gabriel Attal recebera a derrota com o anúncio de sua renúncia, mas Macron pediu que ele permanecesse no poder até que a situação política se resolvesse. A esquerda não obteve maioria para governar, barrando a extrema direita, e agora precisará de alianças para formar um governo. A incerteza política paira sobre o país, enquanto líderes aproveitam para comemorar o rechaço à extrema direita e discutir possíveis alianças para consolidar o poder.

A Nova Frente Popular (NFP), coalizão de socialistas, comunistas, verdes e da esquerda radical, surpreendeu ao ficar em primeiro lugar no segundo turno das eleições legislativas antecipadas na França. Nenhum dos principais blocos políticos obteve maioria absoluta na Assembleia Nacional. Com o resultado, a questão do futuro governo permanece sem solução. Os acordos tácitos entre o governo de Emmanuel Macron, de centro, e a coalizão de esquerda, concentrando o voto no candidato com mais chances de derrotar o RN em cada circunscrição, frustraram a vitória da direita radical, mas não deram aos esquerdistas uma maioria absoluta, o que aumenta a incerteza sobre o futuro da França. O pleito foi marcado pelo forte comparecimento às urnas, com 67% de participação, o maior desde 1981.

Após uma disputa acirrada no segundo turno das eleições legislativas na França, a coligação de esquerda NFP venceria sem maioria absoluta, obtendo entre 172 e 215 dos 577 assentos da Assembleia Nacional. Isso representa um revés para a extrema direita liderada por Marine Le Pen, que falha em alcançar a maioria absoluta. Macron pediu prudência e afirmou que sua aliança segue viva. Os acordos entre o governo e a coalizão de esquerda resultaram em uma vitória contra a extrema direita. A taxa de participação foi alta e a incerteza paira sobre a composição do próximo governo.

A influenciadora e ativista Marina Mamede faleceu aos 34 anos em Ouro Preto, Minas Gerais, sem que a causa da morte tenha sido divulgada. Deixou três filhos. Com uma presença significativa nas redes sociais, Marina era conhecida por compartilhar vídeos defendendo pautas sociais relacionadas a Lula durante as eleições de 2022. Inicialmente apoiadora de Bolsonaro, ela mudou de posição e passou a defender causas ligadas aos direitos humanos e criticar a direita bolsonarista. Sua morte foi lamentada por figuras públicas, como o deputado André Janones, que destacou sua contribuição pela democracia.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o presidente francês, Emmanuel Macron, é o responsável pela vitória da direita no primeiro turno das eleições legislativas na França. Segundo Gleisi, governos que adotam medidas neoliberais e tiram direitos do povo acabam fortalecendo a extrema-direita. Por outro lado, ela destacou que a esquerda francesa está unida e pode liderar a reação à extrema-direita, após a coligação de esquerda da Nova Frente Popular tornar-se a segunda grande força política do país. Macron, por sua vez, apelou por uma união contra a direita nacionalista, após sua derrota no primeiro turno.

A esquerda demonstrou força e mobilização nas ruas contra o PL do aborto, que equiparava o aborto ao homicídio a partir de 22 semanas de gestação. A predominância feminina e a participação de pessoas não ligadas à esquerda marcou o protesto, liderado pelo PSOL. A reação da esquerda foi decisiva na tramitação do projeto, que gerou debate e mobilização por se tratar de uma pauta que afeta diretamente as mulheres. A espontaneidade do ato mostrou a importância da discussão sobre direitos femininos na sociedade brasileira.

Nas eleições europeias dos países nórdicos, a esquerda e os ecologistas avançaram significativamente, ao passo que a extrema-direita retrocedeu, de acordo com resultados e pesquisas de boca de urna. Partidos de direita e extrema-direita obtiveram menos cadeiras na Suécia, Finlândia e Dinamarca. Os partidos anti-imigração e de extrema-direita perderam votos, enquanto os partidos de esquerda e ecologistas ganharam representatividade, consolidando-se como forças políticas relevantes em cada país. A mudança no cenário político europeu demonstra um movimento em direção a ideais mais progressistas e sustentáveis nas nações nórdicas.