Na manhã de 24 de outubro de 2024, a Polícia Federal realizou uma operação que resultou na apreensão de R$ 2,7 milhões em dinheiro vivo na residência do desembargador aposentado Júlio Roberto Siqueira Cardoso, em Mato Grosso do Sul. A ação faz parte de uma investigação sobre desembargadores suspeitos de venda de sentenças. Além do montante em espécie, foram coletados documentos e equipamentos eletrônicos. Júlio Roberto, com 40 anos de carreira no Judiciário, está sob investigação de crimes relacionados à corrupção, incluindo lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Durante um julgamento, o desembargador Luis Cesar Espindola fez declarações polêmicas sobre o feminismo, afirmando que as mulheres estão loucas atrás dos homens. Ele criticou a vítima de assédio e defendeu o professor acusado, dizendo que o caso se tratava apenas do 'ego de adolescente'. As falas causaram indignação e foram consideradas 'odiosas' pela OAB. Espindola já teve passagens pelo Superior Tribunal de Justiça por violência doméstica. Apesar de pedir desculpas posteriormente, suas declarações demonstram um desrespeito às questões de gênero e uma visão machista e ultrapassada.

O ex-presidente do Vitória, Paulo Carneiro, declarou ter adulterado um exame antidoping do ex-jogador Matuzalém e comprado um desembargador durante a sua gestão. Segundo Carneiro, ele trocou a urina de Matuzalém para evitar a detecção de substâncias proibidas. As declarações foram feitas em uma entrevista ao podcast Zona Mista, em meio a relatos de episódios controversos envolvendo outros jogadores da época. Carneiro também afirmou ter comprado um desembargador por R$ 600 mil. Procurado pelo ge, ele preferiu não comentar sobre o assunto.