Cientistas alertam que a Antártica enfrenta um aumento acelerado na cobertura vegetal, com a área de vegetação passando de menos de um quilômetro quadrado em 1986 para quase 12 quilômetros quadrados em 2021. O processo de 'verdejamento' é evidente na Península Antártica, que está aquecendo mais rapidamente que a média global. Estudo conduzido por universidades revela que eventos de calor extremo estão se tornando mais frequentes, resultando na redução acentuada do gelo marinho. Com isso, os pesquisadores enfatizam a necessidade urgente de compreender as mudanças climáticas e os riscos de espécies invasoras na região.

A geleira Thwaites, conhecida como a 'Geleira do Juízo Final', localizada na Antártica, é uma inquietante preocupação para cientistas e ambientalistas. Com aproximadamente 120 km de extensão e mais de 2.000 metros de espessura, seu derretimento acelerado, impulsionado pelo aumento das temperaturas globais, pode elevar o nível do mar em mais de 60 centímetros. As implicações são devastadoras para áreas costeiras e milhões de pessoas. Pesquisadores aprendem sobre a geleira utilizando robôs subaquáticos, que revelam que a velocidade do degelo tem dobrado nas últimas décadas, levando a temores sobre o colapso iminente dessa região crítica.

Cerca de 1.500 cientistas se reuniram no Chile para discutir a crescente transformação da Antártida durante a 11ª conferência do Comitê Científico de Pesquisa Antártica. Os especialistas compartilharam evidências alarmantes sobre eventos climáticos extremos que incluem chuvas fortes e ondas de calor intensas, resultando no derretimento das geleiras e rompimento de grandes porções de gelo marinho. A discussão central girou em torno da questão sobre se a Antártida atingiu um ponto sem retorno em sua mudança climática, com estudiosos avisando que a aceleração da perda de gelo pode ter implicações globais devastadoras.