A Enel não conseguiu executar seu plano de contingência após um forte temporal em São Paulo, mobilizando apenas 1.700 funcionários, enquanto o plano previa 2.500. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) convocou uma reunião com a Enel e outras empresas, já que cerca de 760 mil imóveis permaneceram sem energia até o domingo. O presidente da Enel, Guilherme Alencastre, não informou quando a energia será completamente restabelecida, atribuindo a situação ao clima. A Aneel agora solicita um relatório de falhas e pode recomendar a rescisão do contrato após 60 dias. Sete mortes foram registradas.

Em São Paulo, após um forte temporal, cerca de 760 mil imóveis permaneceram sem energia elétrica neste domingo (13). A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) convocou uma reunião para discutir a situação com representantes da Enel e outras oito empresas do setor. O temporal deixou comunidades como Jabaquara e Campo Limpo sem luz, enquanto a Enel anunciou que 1,3 milhão de clientes já reestabeleceram energia. Devido ao apagão, várias áreas enfrentam dificuldades no abastecimento de água, causando ainda mais transtorno à população afetada, que acumula horas sem eletricidade e procura alternativas de contato.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enviou um ofício à Aneel cobrando agilidade na análise de processos do governo, além de sugerir a possível intervenção na agência. No documento, ele expressa preocupação com a inércia das decisões da diretoria colegiada, que pode prejudicar políticas públicas. Silveira destaca quatro processos pendentes que merecem atenção imediata, inclusive a nova governança da CCEE e o impacto tarifário sobre a conta de luz. Ele solicita uma resposta da agência em cinco dias, visando resolver o que considera graves omissões e retardamentos na regulação do setor elétrico.

O ministro Alexandre Silveira, da Minas e Energia, expressou descontentamento em ofício à Aneel, solicitando explicações sobre atrasos em processos cruciais do setor elétrico. Ele destacou a omissão da agência em cumprir prazos normativos e criticou a lentidão que obstrui a implementação de políticas públicas. Silveira também elencou quatro áreas de preocupação, incluindo o compartilhamento de postes e a governança da CCEE. O ministro alertou que a inatividade contínua pode justificar uma intervenção do ministério na agência reguladora, evidenciando a insatisfação crescente do governo com a gestão atual da Aneel.