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O governo Lula está reconsiderando o envio da embaixadora Glivânia María à posse de Nicolás Maduro, marcada para esta sexta-feira, em Caracas. A hesitação surge após o ataque à oposição liderada por María Corina Machado, que foi presa durante uma manifestação, mas liberada logo depois, levando a dúvidas sobre a segurança dos opositores. Embora o Planalto tenha inicialmente planejado manter a ida da embaixadora, os acontecimentos recentes estão sendo analisados. Além disso, a oposição relatou que Corina foi intimada por agentes chavistas, que acusaram o governo de desviar a atenção com o incidente e negaram a prisão.

O presidente Lula vetou a proposta de pensão vitalícia de 7.786,02 reais a crianças afetadas pelo zika, mas anunciou uma medida provisória que garante uma indenização única de 60 mil reais. Essa compensação será paga de uma vez e não será considerada renda para o Bolsa Família. A medida ainda deve ser aprovada pelo Congresso, enquanto quem já recebe indenização judicial deve optar entre os valores. A decisão de vetar foi motivada pela necessidade de evitar sobrecarga financeira, mas poderá ser contestada em sessão futura do Congresso Nacional, podendo ser derrubada.

María Corina Machado, a líder da oposição na Venezuela, fez sua primeira aparição pública em cinco meses durante uma manifestação em Caracas contra o governo de Nicolás Maduro. A opositora, que tem enfrentado perseguições e teme pela própria segurança, foi vista acenando para o público e fazendo um discurso. Os protestos, que acontecem em todo o país, visam pressionar o presidente Maduro um dia antes de sua posse. Nas redes sociais, María Corina declarou seu apoio à luta da oposição e reiterou seu compromisso com o povo venezuelano em tempos difíceis.

Na reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros, incluindo Fernando Haddad, surgiram sugestões para vetos em itens do Projeto de Lei que trata da dívida dos estados. Haddad destacou que a análise se concentra nos impactos primários das propostas, sem especificar os itens vetados. Essa discussão ocorre em meio à polêmica sobre o projeto, que visa permitir a negociação das dívidas estaduais com a União, reduzindo o indexador e estendendo prazos de pagamento. A decisão final do presidente deve ser anunciada até segunda-feira, dia 13.

O deputado Osmar Terra, do MDB-RS e ex-ministro de Jair Bolsonaro, divulgou um deepfake de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, nas redes sociais. O vídeo manipulado apresenta Haddad falando sobre um fictício imposto para cachorrinhos, levando a suspeitas de desinformação. Terra postou o conteúdo no X, antigo Twitter, mesmo após um aviso de que o vídeo era alterado digitalmente. Ele mencionou dúvidas sobre a veracidade do que estava sendo afirmado. A repercussão destaca a notoriedade de Terra em espalhar fake news, especialmente durante a pandemia, onde descreditou a ciência em suas declarações anteriores.

Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai, confirmou em entrevista que seu câncer de esôfago evoluiu, afirmando: 'Meu ciclo já terminou'. Com 89 anos, ele falou abertamente sobre sua saúde, destacando a gravidade da situação, já que a doença se espalhou para o fígado. Mujica explicou que procedimentos adicionais são inviáveis devido a sua condição. Apesar da fragilidade, ele expressou o desejo de se despedir de seus compatriotas e revelou que deseja ser enterrado em seu jardim, ao lado de sua falecida cadela. Mujica permanece engajado em discussões sobre democracia até seus últimos dias.

Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai, revelou que seu câncer de esôfago se espalhou para o fígado e decidiu não realizar novos tratamentos devido à sua idade e condições de saúde. Em entrevista, afirmou: 'Estou morrendo' e pediu que o deixem em paz, destacando o fim de seu ciclo. Mujica expressou orgulho pela vitória de seu sucessor nas últimas eleições, mas se incomodou com especulações sobre seu papel no novo governo. Ele referiu a importância da democracia, enfatizando o respeito às diferenças. O ex-presidente se despediu carinhosamente de seus compatriotas e apoiadores.