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A prisão do general Braga Netto intensificou a pressão sobre Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional durante o governo Bolsonaro, que enfrenta investigações sobre sua suposta participação em um golpe de Estado. Heleno, que ocupa uma posição proeminente nas Forças Armadas, é um dos 27 militares indiciados e seu indiciamento poderia ter repercussões significativas. Especialistas acreditam que a liderança de Heleno torna suas acusações mais graves, e a recente proposta de advogados para coagir investigações revela a seriedade do caso. Assim, seu futuro e o dos militares envolvidos estão em xeque.

No dia 8 de janeiro de 2025, o Palácio do Planalto realizará um evento para lembrar os acontecimentos de um ano antes, com a presença do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e dos chefes das Forças Armadas. Organizado pela Frente Brasil Popular, o ato contará com discursos do presidente Lula e outras altas autoridades. O evento visa destacar a importância da democracia e protestar contra a anistia aos detidos por conta das manifestações de 2023. O PT declarou que não irá apoiar a anistia, enquanto o debate sobre o projeto de lei permanece em pausa no Congresso.

O programa Calha Norte, das Forças Armadas, recebeu mais de R$ 3 bilhões em emendas parlamentares nos últimos sete anos, alterando sua função original de atuação militar nas fronteiras. Recentemente, a execução de obras de pavimentação e construção, além da entrega de máquinas e veículos, destaca a transformação do projeto, cujos recursos foram direcionados para redutos eleitorais de congressistas. O governo anunciou sua transferência do Ministério da Defesa para o Ministério da Integração, visando restaurar sua finalidade original e evitar a confusão entre funções de desenvolvimento e segurança nacional.

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, manifestou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva seu desejo de deixar o cargo, argumentando que já cumpriu sua função de aproximar as Forças Armadas do governo e que quer se dedicar à família. Lula, no entanto, quer persuadi-lo a ficar. Caso Múcio saia, nomes como o vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, estão sendo considerados para a substituição. A tensão entre o governo e as Forças Armadas aumenta, especialmente após a prisão do ex-ministro Braga Netto, o que impacta ainda mais a relação entre eles.

O senador Hamilton Mourão criticou os cortes do governo Lula destinados aos militares, afirmando que a economia prevista de R$ 2 bilhões é ilusória. Ele destacou que a questão da 'morte ficta', onde familiares de militares expulsos continuam a receber benefícios, não abrange um grande número de pessoas. Mourão, que se opõe ao projeto, argumentou que os militares estão sendo injustamente responsabilizados pelo déficit fiscal, o qual, segundo ele, se deve aos altos gastos do governo. Entretanto, o governo busca uma economia abrangente de R$ 327 bilhões até 2030, que ainda precisa de aprovação do Congresso.

A Marinha do Brasil publicou um vídeo instigante onde questiona se existem 'privilégios' na instituição, em resposta ao recente pacote de cortes de gastos proposto pelo presidente Lula. O governo sugeriu, entre outras mudanças, a implementação de uma idade mínima para aposentadoria das Forças Armadas. O vídeo mostra militares em diversas atividades, como treinamento e trabalho em situações de emergência, enquanto outros desfrutam de momentos de lazer. A cena final é marcada por uma militar que convida a todos a conhecer a Marinha, evocando o Dia do Marinheiro, que será comemorado em 13 de dezembro.

A Marinha Brasileira lançou um vídeo institucional em comemoração ao Dia do Marinheiro, com o slogan atualizado ‘Privilégios? Vem pra Marinha!’, após críticas relacionadas a um pacote fiscal que visa diminuir privilégios dos militares. O vídeo anterior, que falava sobre a difícil rotina de treinamento, foi alterado devido à repercussão negativa. Além disso, essa campanha marca a estreia da Marinha no TikTok, buscando engajar o público jovem. O comandante da Marinha, Marcos Olsen, está focado em melhorar a comunicação e responder a críticas, defendendo a integridade da instituição nas redes sociais.