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O jogador de futebol Eric Pulgar alugou uma mansão na Barra da Tijuca, conhecida como 'casa de vidro', por R$ 70 mil mensais. A propriedade está associada a crimes, incluindo lavagem de dinheiro, envolvendo a ex-mulher de um bicheiro, Tamara Harrouche Garcia. O Ministério Público do Rio denunciou Tamara, pois ela exigia pagamentos em espécie, transferindo o dinheiro arrecadado para um corretor. Apesar de medidas judiciais que bloqueiam a casa, a locação foi realizada. Tamara se tornou alvo de investigação, pois a casa foi comprada com recursos provenientes de atividades ilícitas do jogo do bicho.

Na terça-feira, 17, a Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo realizaram uma operação que resultou na prisão de um delegado e três policiais civis, todos suspeitos de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Essa ação é uma sequência de apurações envolvendo a facção criminosa e se baseia na delação do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, que foi assassinado no Aeroporto de Guarulhos. Além dos mandados de prisão, também foram feitas apreensões de armamentos e bens relacionados à lavagem de dinheiro, com os acusados podendo enfrentar penas de até 30 anos de reclusão.

As favelas do Rio têm se tornado refúgios para traficantes oriundos de outros estados, como Pará e Paraíba, que buscam abrigo após ações policiais em suas regiões. Essa migração, que ocorre principalmente após a decretação de prisão, permite que esses criminosos continuem exercendo controle sobre seus territórios por meio de ordens transmitidas. Em abril, um levantamento revelou a presença de pelo menos 101 bandidos de fora no estado, cuja prática criminosa vem se expandindo, sendo impulsionada por pressões policiais e pelo conforto de se disfarçar em áreas desconhecidas. Taxas altas são pagas pelos forasteiros.

A Polícia Federal iniciou uma investigação sobre o segurança do cantor Gusttavo Lima, Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho, por supostas ligações com o PCC. Ele é alvo de uma operação que apura manipulação de investigações policiais, venda de proteção a criminosos e corrupção, supostamente para favorecer a lavagem de dinheiro da facção. Rogerinho foi mencionado na delação de Vinícius Gritzbach, assassinado em outubro. As autoridades realizaram buscas em seu endereço, mas não o encontraram. Além dele, outros policias estão sob investigação e já foram tomadas medidas cautelares pela Justiça.

Na noite de 14 de dezembro, um ataque a tiros em um bar em Nova Iguaçu resultou em cinco pessoas baleadas, com três vítimas fatais, incluindo Jhonata Lima Almeida, um montador que trabalhava nos estúdios Globo. Segundo testemunhas, o grupo foi confundido com milicianos que deixaram o local momentos antes. Jhonata, de 30 anos, e mais dois homens morreram no ataque, enquanto uma outra vítima foi transportada para um hospital em estado estável. A Polícia Civil está investigando as circunstâncias do crime, buscando determinar a autoria e a motivação por trás da tragédia.

No bar Point do Churrasco, em Nova Iguaçu, um grupo de amigos foi confundido com milicianos e alvo de um ataque a tiros. O incidente, que ocorreu em uma noite sábado, resultou na morte de três homens e deixou um ferido. As vítimas, que participavam de um amigo oculto, sentaram-se na mesma mesa onde milicianos haviam estado poucos minutos antes. Atiradores armados chegaram e abriram fogo, atingindo o grupo. A polícia investiga o caso, e o estado de saúde do sobrevivente é considerado estável. A tensão entre milícias e traficantes na área motiva o crime.

Na manhã de 15 de dezembro de 2024, o ex-governador do Tocantins, Mauro Carlesse, foi preso em uma fazenda em São Salvador. Sua detenção foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em cumprimento a um mandado da 3ª Vara Criminal de Palmas. Carlesse é suspeito de planejar uma fuga para o exterior, embora os detalhes da investigação ainda permaneçam em sigilo. Além dele, Claudinei Quaresemin também foi alvo de um mandado de prisão em um caso relacionado a corrupção, desvio de recursos públicos e fraudes licitatórias.