curta.news

A fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou ter nomeado Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais por ela ser uma 'mulher bonita', gerou forte repúdio por parte de deputadas e senadoras. As parlamentares classificaram o comentário como discriminatório, constrangedor e desrespeitoso, ressaltando que a escolha de uma mulher para um cargo de importância não deve ser baseada em atributos físicos. Elas exigem uma retratação e afirmam que possuem competência, dignidade e capacidade para ocupar posições de liderança, lamentando o machismo presente no comentário do presidente.

João Santana, ex-marqueteiro do presidente Lula, avalia que a atual crise de popularidade enfrentada por Lula é mais desafiadora do que a de 2005, que surgiu após o escândalo do Mensalão. Santana aponta que a combinação da politização nas redes sociais, o crescimento dos evangélicos, a judicialização da política e a influência do Centrão tornam a situação atual ainda mais complexa. Ele aconselha que Lula não deve buscar apoio do Centrão para se reeleger em 2026, mas sim se voltar à esquerda e adotar uma postura de enfrentamento em possíveis reformas.

A presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro poderá perder sua patente de capitão se for condenado por crimes militares. Durante uma coletiva de imprensa, ela mencionou que a decisão dependerá da manifestação do Ministério Público Militar sobre possíveis crimes, relacionadas à denúncia da PGR no caso de tentativa de golpe. Se for o caso, Bolsonaro poderá ser julgado por crimes como a dissitação. A ministra destacou a importância do correto trâmite penal e da jurisdição, evitando pré-julgamentos da sua parte.

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) pediu ao Ministério Público que investigue as declarações feitas pela cantora e pastora Baby do Brasil durante um culto na boate D-Edge em São Paulo. Durante sua pregação, Baby orientou mulheres vítimas de violência sexual a perdoarem seus agressores, incluindo familiares. Sâmia considerou as afirmações inaceitáveis e constitutivas de incitação ao crime, fundamentando seu pedido com o objetivo de responsabilizar a cantora. Além disso, solicitou que a D-Edge também fosse investigada por sua omissão diante do ocorrido, que, segundo ela, perpetua a cultura da impunidade.

Maria Elizabeth Rocha fez história ao assumir a presidência do Superior Tribunal Militar (STM) como a primeira mulher no cargo. Durante a cerimônia com a presença do presidente Lula, ela enfatizou a necessidade de igualdade de gênero no Judiciário, pedindo mais indicações de mulheres para tribunais superiores. Ao parabenizar a nova integrante Verônica Sterman, indicada por Lula, Rocha ressaltou o papel das Forças Armadas na defesa da democracia. Além disso, destacou sua intenção de implementar projetos de transparência e reconhecimento no STM, abordando também o potencial julgamento de crimes militares relacionados a Jair Bolsonaro.

Na Argentina, aposentados e torcedores enfrentaram violenta repressão policial durante protestos no Congresso contra o ajuste governamental proposto por Javier Milei. A mobilização, que contava com a presença de mil agentes, caminhões hidrantes e gás lacrimogêneo, buscava liberação para protestar por aposentadorias que são insuficientes para cobrir necessidades básicas. Os confrontos resultaram em detidos e feridos, incluindo uma aposentada agredida por um policial. O clima de tensão escalou, levando manifestantes a responderem com pedras e incêndios a veículos policiais, enquanto a repressão continuava gerando críticas à brutalidade das ações das autoridades.

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o julgamento sobre os critérios para a esterilização voluntária de maiores de 18 anos. A discussão, iniciada em resposta a uma ação do PSB, visa revisar a lei de 2022, que exige 21 anos ou dois filhos vivos para a realização de procedimentos de laqueadura e vasectomia. Durante a sessão, o ministro Cristiano Zanin destacou que a única limitação que o Estado pode impor é a capacidade civil plena, argumentando que exigências adicionais violam a Constituição, dado que o planejamento familiar é um direito fundamental da pessoa.