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O recente apagão na Península Ibérica, causado por um excesso de energia solar, revela fragilidades na matriz energética de Espanha e Portugal. Especialistas alertam que a falta de uma fonte de energia firme, como usinas térmicas ou nucleares, resultou em desconexão de 15 gigawatts em cinco minutos. Essa situação enfatiza a importância da gestão adequada na transição energética, destacando que, ao contrário da Europa, o Brasil, com uma matriz energética predominantemente hidráulica, possui flexibilidade e resiliência maiores. A experiência brasileira pode servir como um guia para uma transição energética sólida e equilibrada no futuro.

Um apagão atingiu grandes áreas de Portugal e Espanha nesta segunda-feira, causado por um raro fenômeno atmosférico denominado ‘vibração atmosférica induzida’, segundo a operadora REN. Como resultado de oscilações nas linhas de alta tensão na Espanha, muitos serviços, incluindo trens, metrôs e aeroportos, foram interrompidos. A REN informou que está colaborando com as empresas de energia para a recuperação da rede, mas a normalização pode levar até uma semana. As autoridades pedem que a população minimize movimentos e evite deslocamentos desnecessários para facilitar o trabalho de socorristas e manter a segurança nas estradas.

Na noite desta quinta-feira, 28 de novembro de 2024, a cidade de São Paulo enfrenta um apagão, deixando aproximadamente 118 mil clientes da concessionária Enel sem energia elétrica em decorrência de fortes chuvas. As regiões oeste e sul foram as mais afetadas, e a empresa mobilizou suas equipes para atender a emergência. O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) emitiu um alerta de atenção para alagamentos. As previsões para a sexta-feira indicam a continuidade das chuvas, que podem ser isoladas, com possibilidade de alagamentos devido à instabilidade do tempo.

Cuba vive uma grave crise, enfrentando um apagão que já dura mais de dois dias, enquanto se prepara para a chegada do furacão Oscar, com ventos de 139 km/h. As autoridades cubanas estão em alerta total, com esforços intensificados para proteger a população e os recursos econômicos. O apagão, decorrente de uma emergência energética desencadeada por problemas no fornecimento de combustível, tem intensificado a escassez de alimentos e medicamentos na ilha. Espera-se que a tempestade cause fortes chuvas, complicando ainda mais a já tensa situação dos aproximadamente dez milhões de cubanos afetados pela crise.

Após uma chuva moderada em São Paulo, mais de 100 mil imóveis na Grande SP enfrentaram queda no fornecimento de energia elétrica. Os bairros Pinheiros, Vila Andrade, Jabaquara e Santo Amaro vivenciaram apagão. A concessionária Enel, que já lidava com os efeitos de um apagão anterior ocorrido em 11 de outubro, informou que recebeu 700 ocorrências até o meio-dia do dia 19. Aproximadamente 2.400 profissionais foram mobilizados para o atendimento. Até às 13h55, 111.519 casas ainda estavam sem energia, representando 1,35% dos 8 milhões de consumidores atendidos pela empresa.

O presidente Lula anunciou a criação de uma linha de crédito de R$ 150 milhões para ajudar comerciantes e empresários de São Paulo afetados pelo apagão que atingiu a capital. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou que essa quantia pode desbloquear até R$ 1 bilhão em empréstimos. O foco está na recuperação dos prejuízos causados pelo blecaute, que durou seis dias. Enquanto isso, a Enel, distribuidora de energia, é responsável pelo ressarcimento de danos nas residências. Lula pediu urgência na análise da proposta pelos ministérios competentes.

O governador Tarcísio de Freitas e 17 prefeitos da região metropolitana de São Paulo pediram ao TCU a intervenção na Enel após um apagão que afetou mais de 2 milhões de pessoas. A carta solicita maior transparência das concessionárias e mais fiscalização pela Arsesp. Tarcísio critica a incapacidade da Enel em fornecer serviços adequados e pede a extinção do contrato de concessão. O prefeito Ricardo Nunes atacou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, responsabilizando-o pela crise e pela falta de ações eficazes durante o apagão, que ainda mantém milhares sem luz.