A pandemia de COVID-19 trouxe desafios imensos para os sistemas de saúde globalmente. Em resposta, diferentes países adotaram estratégias diversas para combater o vírus, resultando em avanços na pesquisa de vacinas e tratamentos. Apesar do progresso, a desigualdade no acesso à saúde exacerbada pela crise destaca a necessidade urgente de colaboração internacional. Além disso, a saúde mental se tornou uma preocupação crescente, com muitos enfrentando ansiedade e depressão em meio ao isolamento. As lições aprendidas durante essa crise devem ser incorporadas para melhorar a preparação para futuras pandemias e garantir sistemas de saúde mais resilientes.

Cinco anos após a declaração da covid-19 como pandemia, o mundo ainda reflete sobre as mudanças provocadas pela crise. Com mais de 778 milhões de casos e 7 milhões de mortes, a pandemia revelou vulnerabilidades nos sistemas de saúde, exacerbou desigualdades e acelerou inovações, como as vacinas, cujo desenvolvimento surpreendeu ao levar menos de um ano. Especialistas acreditam que as lições aprendidas são cruciais para enfrentar futuras pandemias, enfatizando a importância da preparação prévia, do acesso equitativo às vacinas e da vigilância global de patógenos, fundamentais para melhorar a resposta a emergências sanitárias futuras.

O Governo Federal anunciou a produção da primeira vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue, com a entrega prevista de 60 milhões de doses anualmente a partir de 2026. O projeto, resultado da parceria entre o Instituto Butantan e a WuXi Biologics, é parte de um esforço maior para aprimorar o Sistema Único de Saúde (SUS). O ministro da Saúde destacou a importância de fortalecer a indústria nacional e apresentou outros projetos, como a produção de insulina e vacinas contra o Vírus Sincicial, todos visando aumentar a autonomia do Brasil em saúde pública.

O Senado dos EUA confirmou Robert Kennedy Jr. como o novo secretário da Saúde do governo Trump em uma votação apertada, com 52 votos a favor e 48 contra. Kennedy, sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy, é conhecido por suas opiniões controversas, incluindo teorias da conspiração e oposição a vacinas. Agora, ele supervisionará uma enorme verba de US$ 1,7 trilhão do Departamento de Saúde e Serviços Humanos. Embora tenha apoio presidencial, sua nomeação gerou preocupações entre senadores sobre seu histórico antivacina e possíveis conflitos de interesse em regulamentações de saúde pública.

O Brasil ainda utiliza vacinas desatualizadas contra a Covid-19, enquanto aguarda aprovação da Anvisa para a nova versão, recomendada pela OMS, com contrato para quase 60 milhões de doses até 2026. A saúde pública busca evitar desperdícios e aumentar a adesão à vacinação. As vacinas em uso visam a cepa Ômicron XBB.1.5, embora a atualização para a variante JN.1 seja a prioridade. O momento da pandemia exige uma nova abordagem, e a inclusão das vacinas nos calendários de rotina pode ajudar na adesão e proteção da população vulnerável contra Covid-19.

Em 2024, a medicina destacou-se com avanços significativos, especialmente na prevenção de doenças. O ano trouxe testes mais eficazes para detectar Alzheimer, vacinas que diminuem o risco de recidiva do câncer e uma vacina combinada contra Covid-19 e gripe, em fase avançada de testes. Um exame de sangue para Alzheimer alcançou 90% de precisão, enquanto uma injeção semestral pode prevenir o HIV com resultados promissores. Além disso, avanços no entendimento de doenças autoimunes femininas e no desenvolvimento de vacinas personalizadas contra cânceres facilitam brindes de esperança em tratamentos médicos inovadores e eficazes.

A Polícia Federal está investigando um suposto esquema de fraude de vacinas em Duque de Caxias, que funcionava mediante pagamento e encomenda, envolvendo falsificação, interferência política e tráfico de influência. Na 2ª fase da Operação Venire, apura-se a suspeita de fraude nos cartões de vacinação da família do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2022. O esquema, conhecido internamente como 'escritório do crime da Covid', beneficiava também pessoas sem ligação com Bolsonaro. Washington Reis e Célia Serrano, ex-prefeito e secretária de Saúde de Caxias, são alvos da operação, que busca identificar novos envolvidos no esquema fraudulento.