A representação de Iemanjá no Brasil, tradicionalmente cultuada como uma divindade negra, passou a ser retratada, em muitos casos, como uma mulher branca com características europeias. Este fenômeno é explicado por historiadores como resultado do sincretismo religioso e da opressão durante a colonização, onde as religiões afro-brasileiras foram marginalizadas. A imagem ocidentalizada de Iemanjá se intensificou com o surgimento da umbanda, que promoveu uma maior integração de elementos cristãos. Pesquisadores e praticantes discutem a importância de reconhecer a negritude da orixá, pois essa representatividade está ligada às origens e à identidade cultural afro-brasileira.