As eleições municipais no Brasil revelaram um avanço da centro-direita e a redução de partidos tradicionais. O PL, partido de Jair Bolsonaro, teve um desempenho notável nas grandes cidades, ganhando a prefeitura de algumas capitais e avançando em várias outras. Enquanto isso, o PT conseguiu apenas duas vitórias em cidades grandes e disputará o segundo turno em 13 delas. A cientista política Lara Mesquita comenta que essa tendência pode sinalizar uma mudança nas prioridades dos eleitores de baixa renda, que buscam novas representações que não estão encontrando na esquerda histórica.

Deputados do PL intensificaram a pressão para o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF, após críticas do líder do PSD, Otto Alencar, que descreveu a situação como 'picuinha'. O PL, insatisfeito com a falta de progresso nos pedidos de impeachment, tem solicitado que o eleitorado evite candidatos do PSD. Durante essa disputa, os congressistas do PL defendem que a ação é uma responsabilidade com a população. Apesar do apoio, o impeachment de Moraes parece ter mais peso simbólico, pois o início do processo cabe ao Senado e ao seu presidente, Rodrigo Pacheco.

O senador Otto Alencar, líder do PSD no Senado, defendeu seu partido diante das críticas de membros do PL, que exigem apoio ao impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Alencar afirmou que tal cobrança é uma 'picuinha' que não merece consideração. Ele destacou que o PL não tem histórico de apuração de fatos importantes e lembrou a CPI que investigou Jair Bolsonaro durante a pandemia. O PSD, com a maior bancada no Senado, permite que seus senadores decidam sobre o impeachment, mas Alencar ressalta que vários senadores do PL não assinaram pedidos semelhantes.

Nas eleições de 2024, o PT de Lula e o PL de Bolsonaro se enfrentarão como adversários em 25 capitais, formando uma aliança apenas em São Luís, onde ambos apoiam o candidato do PSB. A expectativa é que Lula manifeste apoio durante a campanha, enquanto Bolsonaro estará com um candidato do PRTB. As convenções partidárias revelam que o PL lançará candidatos em 14 capitais, enquanto o PT apresentará em 13. Ambos os partidos possuem as maiores parcelas do Fundo Eleitoral e competem com a experiência de não terem eleito prefeitos em nenhuma capital nas últimas disputas.