Recentes temporais causaram estragos significativos em Santa Catarina e no Paraná, com alagamentos em diversas cidades litorâneas. Morretes, Antonina, Guaratuba e Paranaguá foram as mais afetadas, resultando em famílias ilhadas e estudantes presos em um micro-ônibus. Equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e outras forças de segurança atuam no resgate e suporte às pessoas afetadas, com cerca de 3 mil cidadãos impactados. A situação ainda é crítica, especialmente em Guaratuba e Paranaguá. A previsão é de novos temporais isolados devido ao calor, intensificando riscos na região em breve.

Cientistas alertam sobre o fenômeno conhecido como 'efeito de chicote hidrológico', que causa oscilações extremas entre períodos úmidos e secos, levando a eventos climáticos drásticos. Recentemente, o sul da Califórnia enfrentou incêndios após uma fase de clima úmido, enquanto o Rio Grande do Sul sofreu enchentes históricas após anos de estiagem. Pesquisas indicam que tais oscilações estão se intensificando devido às mudanças climáticas, aumentando o risco de desastres como incêndios e inundações. O estudo também destaca a necessidade urgente de adaptar práticas de gestão de água e infraestrutura para lidar com esses extremos cada vez mais frequentes.

A MetSul Meteorologia emitiu um alerta sobre a continuidade da chuva intensa em Santa Catarina e Paraná, que já superou 200 mm em diversas localidades, gerando alagamentos e deslizamentos. Munícipes como Joinville, Bom Retiro e outros enfrentam sérios danos, com a prefeitura de Joinville abrindo abrigos emergenciais para os afetados. A previsão é de que os volumes de chuva aumentem, especialmente em Curitiba e áreas costeiras, o que eleva a preocupação com novas inundações e deslizamentos de terra, exigindo atenção redobrada das autoridades locais e da população em áreas de risco.

No feriado, o Nordeste do Rio Grande do Sul e o Leste de Santa Catarina enfrentaram fortes chuvas, com registros de até 200 mm de precipitação, resultando em alagamentos. A MetSul já havia alertado sobre essa possibilidade, e os dados do Instituto Nacional de Meteorologia confirmaram chuvas significativas, principalmente nas proximidades da Serra do Mar. As condições climáticas foram favorecidas pela interação entre umidade trazida do oceano e a topografia local, que induziu a formação de chuva orográfica. Somente em alguns locais, como Praia Grande e Maquiné, os volumes superaram a marca de 100 mm.

A Espanha vive intensas manifestações após enchentes devastadoras que deixaram mais de 210 mortos. Durante uma visita à cidade de Paiporta, o rei Felipe 6º foi chamado de 'assassino' e alvo de objetos arremessados por manifestantes, que questionaram sua ausência em momentos críticos. O primeiro-ministro, Pedro Sánchez, também enfrentou protestos e foi evacuado após ser atacado. Moradores expressaram frustração com a falta de alerta das autoridades, enquanto esforços de resgate e apoio são intensificados, refletindo um crescente descontentamento com a resposta governamental nas áreas afetadas. A situação continua tensa e preocupante.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou no último sábado o envio de 10 mil soldados e policiais para áreas devastadas pelas recentes inundações que causaram ao menos 214 mortes, principalmente em Valência. O apoio visa auxiliar nos esforços de resgate, enquanto a população tenta retomar a normalidade com a limpeza de ruas e casas. O centro de artes, uma referência local, se tornou o ponto de organização para os voluntários. As autoridades evidenciaram o surgimento de saques em algumas áreas, devido à falta de comida e água, além de problemas de acesso para equipes de emergência.

Uma devastadora tempestade na Espanha causou a morte de pelo menos 95 pessoas e deixou muitas outras desaparecidas em Valência. Em apenas oito horas, a região enfrentou uma quantidade de chuva equivalente a um ano. A cidade foi severamente afetada, com imagens de carros empilhados e áreas inteiras devastadas. O governo regional recebeu críticas por eliminar a Unidade de Emergência de Valência em 2023, enquanto a administração argumentou que a situação era sem precedentes. O presidente espanhol e outras autoridades expressaram condolências e a mobilização de mil soldados para as operações de resgate se intensificou.

A Defesa Civil de São Paulo informou que a chuva prevista para a capital e a região metropolitana perdeu força e atrasou, embora o alerta continue em vigor para outras áreas do estado, como a Serra da Mantiqueira. Apesar das chuvas menos severas na capital, a Defesa Civil mantém vigilância devido ao potencial de chuvas intensas em diversas regiões, que podem provocar inundações e alagamentos. Informações sobre rajadas de vento de até 60 km/h foram confirmadas. O governo paulista exige um plano das concessionárias para prevenir danos e interrupções no fornecimento de energia, conforme observado anteriormente.

O furacão Milton causou devastação na Flórida, resultando em doze mortes e imensas inundações. Após atingir o solo na quarta-feira, o fenômeno trouxe ventos de até 205 km/h, provocando a queda de árvores e a destruição de casas. Mais de três milhões de residências ficaram sem energia elétrica. O furacão, que inicialmente foi classificado como categoria 3, perdeu intensidade durante a madrugada, sendo rebaixado a ciclone pós-tropical. As autoridades locais alertaram para o potencial de destruição e promoveram evacuações, enquanto equipes de resgate se preparavam para atender os afetados.

O Rio Grande do Sul enfrenta a continuidade de uma onda de tempestades, com previsão de intensificação das chuvas a partir desta quarta-feira até a quinta-feira. A MetSul Meteorologia alerta que a chuva, que já causou alagamentos e inundações, deverá atingir até 200 mm em algumas localidades. As cidades de Pelotas, São Lourenço do Sul e Camaquã são as mais afetadas. Já houve registros de desmoronamentos e 26 pessoas estão desalojadas em Bagé. Além disso, a instabilidade continuará a causar transtornos, com risco de temporais, granizo e vendavais em diversas regiões do estado.

A semana que se inicia no Rio Grande do Sul e parte do Uruguai apresenta alto risco climático, com previsão de chuvas extremas, alagamentos, grandes volumes de água e frequentes temporais. A MetSul Meteorologia alerta sobre a possibilidade de granizo e descargas elétricas, com os piores momentos esperados entre segunda e quinta-feira. Apesar de ser um evento significativo, os volumes de chuva devem ser inferiores aos registrados em catástrofes anteriores. A instabilidade será maior nas regiões Oeste e Sul, com potenciais relatos de inundações em áreas urbanas e rurais, impactando fortemente a logística local.

Chuvas torrenciais na Europa Central resultaram em pelo menos oito mortes, além de milhares de desabrigados. A Romênia registrou seis óbitos, a Polônia um e a Áustria mais um. Na República Tcheca, quatro pessoas foram arrastadas pelas enxurradas. As inundações, causadas por um sistema de baixa pressão chamado Boris, afetaram gravemente a região, deixando 250 mil casas sem energia. Em Klodzko, na Polônia, o nível do rio subiu para 6,65 metros, levando autoridades a evacuar mais de 1.600 residentes. A situação é considerada uma das piores inundações em quase três décadas.

Após surpreender as previsões no Caribe, o furacão Beryl retomou força e atingiu o Texas como categoria de furacão, com ventos superiores a 125km/h. Autoridades alertam para cortes de energia e inundações. Moradores já sentem os impactos da tempestade, que causou estragos no México e no Caribe. A rápida intensificação do fenômeno indica mais aquecimento no Oceano Atlântico e no Caribe, antecipando possíveis impactos para a temporada de tempestades. O furacão chegou aos Estados Unidos durante a madrugada, causando danos e preocupações com cortes de energia e inundações.

Os altos volumes de chuva registrados durante o fim de semana na Metade Norte do Rio Grande do Sul vão levar inevitavelmente a uma elevação do nível do Guaíba em Porto Alegre. Dois rios importantes que desaguam no Guaíba estão passando por cheias, mas não se espera que atinjam os níveis extremos observados em maio. Com o aumento da vazão de todos os afluentes, a subida do Guaíba é certa, porém sem chegar aos patamares alarmantes da última inundação. A situação representa um risco para as ilhas da região, com possíveis alagamentos, mas menos graves do que os ocorridos no mês passado.

A Defesa Civil emitiu alertas sobre possíveis inundações nas bacias dos rios do Sinos, Caí e Taquari. Moradores de áreas propensas a enchentes devem buscar locais seguros ao sinal de aumento da água, seguindo as recomendações para prevenção de danos. Os boletins de alerta estão em vigor por 24 horas, sujeitos a atualizações de emergência, visando garantir a segurança da população.

Uma empresa do Rio Grande do Sul, a MetSul Meteorologia, alerta para a intensificação da chuva neste domingo com altos volumes de precipitação, podendo causar alagamentos e inundações. Uma frente fria semi-estacionária sobre o estado, somada a um canal de umidade a Leste dos Andes, contribuem para o aumento da chuva, principalmente do Centro para o Norte gaúcho. Os acumulados de chuva podem superar a média histórica para junho, atingindo até 150 mm em algumas regiões. Isoladamente, o modelo prevê volumes acima de 200 mm, aumentando os riscos de transtornos e impactos negativos.

A Justiça Federal da 4ª Região atendeu a uma solicitação do partido Novo e suspendeu o leilão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) previsto para importar 300 mil toneladas de arroz devido às inundações no Rio Grande do Sul. A decisão destacou que não há indicativo de desabastecimento interno, apenas dificuldade temporária no escoamento da produção local. A importação gerou críticas de entidades do setor, que afirmam ser desnecessária diante da produção nacional. O governo argumenta que a medida visa evitar alta de preços, mas a Justiça suspendeu o leilão para uma análise mais detalhada das necessidades de importação.

A região do Rio Grande do Sul enfrentou volumes de chuva extraordinariamente altos no fim de abril e ao longo do mês de maio de 2024, que foram sem precedentes em muitas cidades, especialmente no Centro do estado, vales, Serra, Porto Alegre e região metropolitana. Alguns municípios como Santa Maria, Caxias do Sul e Bento Gonçalves registraram acumulados de chuva que superaram marcas históricas, gerando cheias e inundações. O mês de maio teve volumes de precipitação sem precedentes em mais de um século de medições em diversos locais, mostrando um cenário de chuva jamais visto antes.

O nível do Guaíba subiu rapidamente em Porto Alegre devido ao vento Sul atuando sobre a lagoa, ultrapassando a cota de inundação de 3 metros no Cais Mauá. Cinco comportas foram abertas, incluindo a da avenida Mauá, levando à preocupação com a possibilidade de mais inundações na cidade. Apesar disso, não houve mobilização ou bloqueio do trânsito no local. O aumento do nível do Guaíba também resultou na abertura de comportas em outras regiões da cidade para o escoamento da água para o rio.

O nível do Guaíba caiu abaixo da cota de 4 metros depois de 18 dias acima da marca, com o máximo da enchente em 5,35 metros. Com vento Norte favorecendo o escoamento, a previsão é de queda para cerca de 3,70 metros ao final do dia, mas a chegada de chuva e vento Sul pode causar um segundo repique da enchente, com risco de subida significativa do nível. Alerta-se para inundações costeiras e ondas altas devido ao vento forte, que também deixará as águas revoltas na região.

O nível do lago Guaíba, em Porto Alegre, atingiu 4,31 metros nesta segunda-feira, recuando em relação aos 4,43 metros do domingo. Comerciantes começam a abrir as portas após a diminuição das águas, realizando a limpeza dos estabelecimentos. Escolas municipais retomam as atividades aos poucos, com orientação para atividades lúdicas e recreativas. A cidade enfrenta grandes prejuízos e infraestrutura danificada devido às inundações recentes. Porto Alegre contabiliza 303 mil edificações residenciais e 801 estabelecimentos de saúde alagados, além de 157 mortes e 806 feridos decorrentes das fortes chuvas.

Após a cheia na capital Porto Alegre, a água nas calçadas começou a secar, permitindo que comerciantes abrissem seus estabelecimentos. Na Cidade Baixa, dezenas de voluntários se uniram para limpar as ruas invadidas pela água. Os prejuízos ainda estão sendo contabilizados, mas os comerciantes estão otimistas com a reabertura. As marcas das enchentes são visíveis nas paredes dos estabelecimentos, e a falta de manutenção no sistema de contenção de cheias na cidade tem sido motivo de revolta. A prefeitura nega a falta de manutenção, atribuindo os alagamentos à magnitude da cheia.

As enchentes atingem o Estado de Santa Catarina, levando 20 municípios ao estado de alerta devido às inundações. Mais de 800 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas. O relatório da Defesa Civil aponta 614 moradores desabrigados em Rio do Sul e outras cidades. A prefeitura declarou situação de emergência devido ao alto nível do Rio Itajaí-Açu. As chuvas intensas causaram alagamentos em diversas regiões do Estado, resultando em evacuações e interdições de rodovias. A situação ainda é de risco para deslizamentos e inundações devido aos volumes de chuva elevados registrados.

O nível do lago Guaíba em Porto Alegre recuou para 4,55 metros, o menor desde o ápice da inundações, aumentando a cheia na lagoa dos Patos. A água continua fluindo em direção ao sul do Rio Grande do Sul e previsões indicam que os níveis permanecerão acima de 4 metros até a próxima semana. As fortes chuvas no estado causaram ao menos 154 mortes e milhares de desabrigados e desalojados. A população local enfrenta dificuldades e danos significativos devido às inundações.

O sistema de proteção contra cheias em Porto Alegre, projetado para resistir a inundações de até seis metros, falhou devido à falta de cuidados ao longo de décadas. Com a frequência cada vez maior de chuvas intensas, especialistas defendem a restauração do sistema. Apesar das bombas entrarem em operação após o recorde histórico de 5,3 metros, áreas como o aeroporto e o Mercado Público ainda permanecem alagadas. Infelizmente, falhas como aberturas no muro e falta de energia elétrica para bombear água demonstram o descuido e a falta de manutenção ao longo dos anos.

O ministro Paulo Pimenta anunciou que o governo federal focará na instalação de bombas para retirar a água de municípios gaúchos atingidos pelas inundações. Em reunião com o governador Eduardo Leite e prefeitos, o ministro destacou a importância de instalar as bombas para drenar a água das áreas alagadas que ultrapassaram os diques. Além disso, discutiram a logística de distribuição das doações para as cerca de 80 mil pessoas em abrigos. Outra ação do governo é a reconstrução de ponte danificada sobre o Rio Caí na BR-116. Ação emergencial será tomada para garantir a mobilidade na região.

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, criticou o mau funcionamento das comportas de Porto Alegre, apontando falta de operação e manutenção inadequada do sistema antienchente. As imagens das enchentes na capital gaúcha revelaram o descaso com a falta de investimentos, resultando em brechas de até 10 cm entre as portas e o muro, motores de comportas roubados e bombas que não funcionavam. Presidente Lula também criticou a situação, atribuindo as inundações não apenas às chuvas, mas também à falta de cuidado com as comportas ao longo do tempo.

Parte dos recursos pagos pela mineradora Vale a título de indenização pelo dano moral coletivo gerado na tragédia em Brumadinho será destinado ao Rio Grande do Sul, que enfrenta inundações recordes devido a fortes chuvas. As vítimas do rompimento da barragem aprovaram a ajuda, que totalizará R$ 2,2 milhões, sendo R$ 2 milhões para o governo gaúcho e o Fundo de Reconstituição de Bens Lesados, e R$ 200 mil para a Associação dos Familiares e Sobreviventes da Boate Kiss em Santa Maria. Os recursos fazem parte de um acordo para indenização dos trabalhadores mortos em Brumadinho.

Após dias de intensa chuva, cidades do Vale do Taquari no RS que estavam se recuperando das enchentes foram novamente inundadas. Moradores relatam a tristeza de verem seus esforços perdidos com as novas inundações. Mesmo com a devastação, não houve vítimas fatais e a comunidade demonstra resiliência e solidariedade para enfrentar a situação. A expectativa é de que o rio continue baixando nos próximos dias, apesar das condições climáticas desfavoráveis. Moradores, mesmo diante das perdas materiais, demonstram esperança e coragem para reconstruir suas vidas.

Na madrugada desta segunda-feira, a Rede Sismográfica Brasileira registrou quatro tremores de terra na Serra Gaúcha, com magnitudes entre 2,3 e 2,8, nos municípios de Caxias do Sul, Pinto Bandeira e Bento Gonçalves. Moradores foram acordados pelos abalos, sem danos estruturais. Os sismos ocorreram em meio a chuvas intensas e inundações no estado, levantando a possibilidade de relação entre os eventos. Com acumulados de chuva entre 200 mm e 250 mm, os tremores geram preocupação e a necessidade de estudos para determinar suas causas exatas.