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Em 17 de fevereiro de 2025, Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, registrou a temperatura recorde de 44ºC, superando seu anterior máximo de 43,8ºC. Essa situação desencadeou alertas de calor extremo para 17 localidades e provocou a abertura de 58 pontos de resfriamento. O protocolo municipal, que categoriza temperaturas extremas, atingiu seu nível 4, sugerindo medidas urgentes para proteger a população, especialmente crianças e idosos. A mudança climática, amplamente discutida por climatologistas há décadas, continua a gerar eventos meteorológicos extremos, impulsionando a necessidade de implementar medidas efetivas como as propostas no Acordo de Paris.

Em 2024, Melgaço, no Pará, enfrentou um período de calor extremo beirando os 38°C, sendo a cidade que registrou o maior número de dias com tais temperaturas no Brasil. Com o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, seus 28 mil habitantes vivem em condições precárias, sem acesso adequado a água e energia elétrica. A fome e a escassez de recursos se agravaram devido à seca e queimadas que afetaram a região. Esse cenário alarmante expõe a vulnerabilidade das comunidades mais pobres, ressaltando o impacto das mudanças climáticas nas populações vulneráveis do país.

Quaraí, uma cidade gaúcha, registrou uma temperatura alarmante de 43,8ºC, estabelecendo um novo recorde histórico no Rio Grande do Sul, tanto para o mês de fevereiro quanto para o verão. Na tarde, quando o calor era mais intenso, as ruas estavam quase desertas, com moradores procurando alívio na sombra de árvores e tentando se manter hidratados. Este dia sufocante, documentado pelo repórter Paulo Ortiz, destaca os extremos climáticos que a região tem enfrentado, refletindo preocupações que vão além do desconforto, envolvendo também a saúde e segurança da população local.

Nesta semana, o Brasil enfrentará um calor extremo, com temperaturas superiores a 40°C em diversos estados, sob uma massa de ar quente e extremamente seca. O Sul do país também sofrerá com esse calor intenso, atingindo até 37°C no Noroeste do Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina e Paraná, as temperaturas são igualmente preocupantes, podendo ultrapassar 35°C. A combinação de altas temperaturas e umidade muito baixa aumentará o risco de queimadas, gerando fumaça e piorando a qualidade do ar, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Norte, onde a umidade pode chegar a baixos níveis.

Uma onda de calor excepcional está prevista para o Brasil na primeira metade de setembro de 2024, com temperaturas que podem variar entre 40ºC e 45ºC. Essa onda de calor afetará severamente várias regiões, levando a um potencial recorde de temperaturas históricas. Os estados mais atingidos incluem Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais, com máximas chegando até 45ºC. O calor excessivo aumenta o risco de incêndios e problemas de saúde, como asma e pneumonia. Autoridades e especialistas alertam para a necessidade de cuidados especiais durante esse período crítico.