curta.news

Nesta quarta-feira, 26 de março de 2025, o Supremo Tribunal Federal decidirá se Jair Bolsonaro se tornará réu devido ao seu suposto envolvimento na trama golpista de 2022. A Primeira Turma do STF rejeitou todas as questões preliminares apresentadas pela defesa, exceto uma, onde o ministro Luiz Fux discordou e criticou a delação do tenente-coronel Mauro Cid. Fux mostrou preocupação com o número excessivo de depoimentos dados por Cid, mas ainda assim acompanhou outros ministros na não nulidade da delação. A sessão começará às 9h30, com o relator, Alexandre de Moraes, votando primeiro.

Jair Bolsonaro causou polarização ao culpar a deputada Carla Zambelli pela sua derrota nas eleições de 2022 durante um podcast. Ele argumentou que o incidente em que Zambelli perseguiu um apoiador de Lula com uma arma prejudicou sua imagem e resultou em votos anulados. Em resposta, Zambelli expressou sua devastação emocional, afirmando que sempre o defendeu e agora lida com depressão por causa do julgamento. No Supremo Tribunal Federal, cinco ministros já votaram pela condenação de Zambelli, levando a uma espera de até 90 dias para o desfecho do caso.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), refutou a noção de que o tribunal estaria condenando 'velhinhas com a Bíblia na mão' no julgamento dos golpistas de 8 de janeiro. Moraes, durante análise de questões preliminares, respondeu a críticas em relação à atuação do STF, afirmando que a narrativa criada é completamente falsa. Ele apresentou dados sobre condenações anteriores, evidenciando que não se trata de uma perseguição, mas sim de um processo legal baseado em atos efetivos, comentando que os julgamentos sempre estão permitindo um exame técnico rigoroso.

A deputada Carla Zambelli respondeu a Jair Bolsonaro, após ele a responsabilizar pela sua derrota nas eleições de 2022. Bolsonaro citou um incidente em que Zambelli perseguiu um eleitor de Lula, sugerindo que isso teve um impacto negativo na sua campanha. Zambelli se defendeu, alegando que sempre apoiou Bolsonaro e que sua ação foi uma reação a uma agressão. Ela ainda destacou o peso emocional que essas declarações trazem em um momento difícil, mencionando que o desenrolar do caso a envolve em acusações de porte ilegal de arma e constrangimento, agora sob análise do Supremo Tribunal Federal.

Durante o julgamento no STF da denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro e aliados, as defesas argumentaram pela falta de provas, excesso de documentos e irregularidades. O advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, destacou que não há evidências comprometedoras e que a lógica da denúncia é falha ao considerar crimes durante seu governo. Outros advogados também contestaram as acusações baseadas em informações insuficientes e ilações. Os argumentos enfocaram a inexistência de justa causa e a ausência de provas concretas, solicitando o arquivamento das denuncias, reafirmando a reputação ilibada dos acusados e questionando a atuação do STF.

Aliados do governador Ronaldo Caiado acreditam que a polêmica envolvendo o empresário conhecido como 'Rei do Lixo' está influenciando a pressão do União Brasil para que ele adie a pré-candidatura ao Palácio do Planalto. O partido teme que o lançamento de Caiado, previsto para 4 de abril em Salvador, possa impactar negativamente a imagem da legenda e comprometer investigações em andamento. A desistência do cantor Gusttavo Lima de se candidatar em 2026 também gerou incertezas, levando a cúpula do partido a reforçar os aplausos a Caiado, que resiste e pretende seguir com o evento planejado.

Em uma entrevista recente, Jair Bolsonaro atribuiu sua derrota nas eleições de 2022 à deputada Carla Zambelli, alegando que sua ação de perseguir um apoiador de Lula armado prejudicou sua imagem. Segundo Bolsonaro, essa cena fez com que ele perdesse votos, mesmo de pessoas que não eram eleitores de Lula, pois muitos anularam seus votos após o incidente. O ex-presidente enfatizou que a reprodução daquela imagem foi prejudicial. Entretanto, Zambelli pode enfrentar condenação e a perda do mandato, já que o Supremo Tribunal Federal está analisando o caso, com maioria inclinada pela condenação.