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Uma onda de frio intenso, provocada por uma massa de ar polar, continuará afetando diversas regiões do Brasil nesta quarta-feira. O tempo no Sul será de céu claro e temperaturas muito baixas, com geadas previstas. A mínima poderá chegar a 1 °C em Curitiba e 4 °C em Porto Alegre, estabelecendo novos recordes. No Sudeste, a única região a enfrentar chuvas será o litoral do Rio de Janeiro e Espírito Santo; em São Paulo, a mínima deve ser de 5 °C. No Centro-Oeste, o tempo será firme, e no Nordeste, há previsão de temporais na Bahia e Rio Grande do Norte.

A madrugada de terça-feira no Sul do Brasil apresenta risco de geada negra, causada pela combinação de vento forte e temperaturas abaixo de zero. O fenômeno, mais comum em áreas de maior altitude nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, caracteriza-se pela morte de plantas sem a formação visível de gelo. O ar frio e seco, junto ao vento, impede o orvalho e provoca congelamento interno nos tecidos vegetais. Culturas como café e milho são especialmente vulneráveis a essa condição, que já causou danos históricos, como a devastação de lavouras em 1975.

Uma poderosa massa de ar polar se aproxima do Sudeste do Brasil, a partir de 24 de junho, provocando um frio intenso e recordes de temperaturas mínimas, especialmente em São Paulo e Minas Gerais. A previsão indica que algumas regiões podem registrar temperaturas abaixo de 5°C, com geadas generalizadas. Na quarta-feira, 25, a cidade de São Paulo deve atingir mínimas de 4°C, um dos piores registros do século. Riscos associados incluem geadas que podem afetar lavouras, além de riscos à saúde pública, especialmente para grupos vulneráveis como idosos e crianças. Medidas são necessárias.

O Brasil registrou um aumento nas investigações de suspeita de gripe aviária, passando de 18 para 19 casos, conforme a atualização do Ministério da Agricultura. Atualmente, estão em andamento a coleta de amostras sem resultado conclusivo. Entre os casos, destacam-se investigações em uma granja de pintinhos em Santa Catarina e um abatedouro em Tocantins. No total, 12 casos são de aves de subsistência, incluindo aves silvestres. Até agora, há um caso confirmado da doença H5N1 em uma granja no Rio Grande do Sul, afetando a produção e requerendo ação rápida das autoridades.

Durante um evento em Mato Grosso, Mauro Mendes, governador do estado, foi vaiado ao anunciar que destinaria quase R$ 500 milhões à agricultura familiar. A verba, proveniente de um financiamento do Banco Mundial e do Fethab, despertou descontentamento entre os presentes, que o interromperam ao afirmarem que o dinheiro era oriundo de grandes produtores do agronegócio, como os sojeiros. Mendes, em resposta, pediu que não o vaiassem e defendeu seu compromisso com a agricultura familiar. O evento, realizado com o presidente Lula, incluiu entrega de títulos de terra e equipamentos agrícolas para as comunidades assentadas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou novos programas do governo, incluindo uma linha de crédito para reforma de casas e uma nova versão do Vale Gás, que devem ser revelados ainda neste mês. Em declaração durante o lançamento do Programa Solo Vivo em Campo Verde, Mato Grosso, Lula destacou que pretende se dedicar mais à política nos próximos meses, afirmando seu compromisso em combater desinformação e promover a verdade. O Programa Solo Vivo visa equipar pequenos agricultores, desafiando a noção de que somente grandes produtores são competentes no agronegócio.

Nove municípios brasileiros estão sob investigação por casos suspeitos de gripe aviária, com destaque para três locais em Santa Catarina e o restante no Rio Grande do Sul, Ceará, Tocantins e Pará. As investigações envolvem tanto criações comerciais quanto de subsistência, totalizando 3.971 análises realizadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária até o momento. Enquanto alguns municípios foram descartados devido à ausência da doença, o ministro Carlos Fávaro destacou a robustez do sistema sanitário nacional, mencionando que levou cerca de 20 anos para que a gripe aviária se estabelecesse no Brasil, após seus primeiros registros globais.