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No dia 18 de maio, o Papa Leão XIV dará início oficial ao seu pontificado com uma missa na Praça São Pedro às 10h. Entre seus compromissos, está a oração do Regina Caeli no balcão central da Basílica e reuniões com cardeais, imprensa mundial e o Corpo Diplomático. Também se encontrará com a Cúria Romana e os funcionários do Vaticano. O programa inclui a tomada de posse das Basílicas papais de São Paulo Fora dos Muros, São João de Latrão e Santa Maria Maior, além da primeira Audiência Geral marcada para 21 de maio.

O padre Júlio Lancellotti expressou grande entusiasmo com a escolha do cardeal norte-americano Robert Francis Prevost como o novo papa Leão 14. Ele descreveu esse momento como impressionante, especialmente em comparação com a figura de Leão 13, conhecido por sua doutrina social que favorecia os trabalhadores. O padre, que também coordena a Pastoral do Povo da Rua, celebrou as conexões sociais e espirituais que o novo papa poderá estabelecer, ressaltando a importância de sua fluência em espanhol, resultado da sua vivência no Peru. Ele se diz embasbacado com essa nova liderança na Igreja Católica.

O conclave, iniciado na quarta-feira, 7 de maio de 2025, visa eleger o novo Papa, seguindo regras estritas de confidencialidade. A violação do juramento de segredo a que cardeais e colaboradores estão submetidos pode resultar em excomunhão automática, um procedimento sem necessidade de julgamento. Estabelecida na Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis e reforçada pelo Código de Direito Canônico, a regra exige silêncio absoluto sobre votações e discussões. Dispositivos eletrônicos são proibidos. Todos envolvidos prestam esse juramento, em vigor desde 1996, para proteger a integridade do processo de escolha do novo pontífice.

O conclave para escolher o novo Papa começa sem um consenso entre os 133 cardeais, que não conseguiram eleger um sucessor para o Papa Francisco na primeira votação. Às 16h, a fumaça preta foi sinalizada, indicando que novos escrutínios ocorrerão, com até quatro votações diárias. Caso um novo Pontífice não seja escolhido após três dias, haverá um dia de oração. O cardeal Pietro Parolin surge como favorito entre os apostadores, seguido por outros candidatos. A votação segue regras tradicionais, e os cardeais se encerraram sob afrescos de Michelangelo para deliberar sobre a eleição.

O Vaticano anunciou os horários das votações do conclave na Capela Sistina, programadas para ocorrerem diariamente em quatro sessões. A fumaça, que sinaliza se um novo papa foi escolhido, será visível para os fiéis às 7h e 14h, conforme o fuso de Brasília. As queimas dos votos ocorrem às 5h30 e às 12h30. Na quarta-feira, a fumaça não aparecerá antes das 14h, e os cardeais entrarão na capela às 11h30. O conclave pode durar variáveis de dias até que um cardeal receba a maioria de dois terços, resultando assim na fumaça branca.

A Congregação dos Cardeais do Vaticano informou que todos os cardeais eleitores, mesmo aqueles que ultrapassam o limite de 120, têm o direito de participar do Conclave para eleger o novo Papa. Essa decisão se baseia na dispensa da norma prevista na Constituição Apostólica 'Universi Dominici Gregis'. Além disso, o cardeal Giovanni Angelo Becciu anunciou que não participará do Conclave, ressaltando a importância de contribuir para a comunhão e serenidade do grupo de cardeais. A congregação expressou apreço pela decisão de Becciu, destacando expectativas sobre investigações judiciais relacionadas a ele.

Na Basílica de São Pedro, ocorreu o rito de fechamento do caixão do Papa Francisco, presidido pelo Cardeal Camerlengo, Kevin Farrell. O evento foi realizado no Altar da Confissão e contou com a presença de familiares próximos do Pontífice. Durante a cerimônia, o Mestre das Celebrações Litúrgicas leu o 'Rogito', um texto que foi colocado dentro do caixão. O rito, que seguiu as diretrizes do 'Ordo Exsequiarum Romani Pontificis', terminou às 21h. O Cabido de São Pedro ficará em vigília contínua ao lado do corpo do Papa até a Santa Missa do dia seguinte.